У нас вы можете посмотреть бесплатно Fernando Pessoa 02 - Mariza, Ana Moura, Zambujo, Tiago Bettencourt, Carlos do Carmo & Camané (letra) или скачать в максимальном доступном качестве, видео которое было загружено на ютуб. Для загрузки выберите вариант из формы ниже:
Если кнопки скачивания не
загрузились
НАЖМИТЕ ЗДЕСЬ или обновите страницу
Если возникают проблемы со скачиванием видео, пожалуйста напишите в поддержку по адресу внизу
страницы.
Спасибо за использование сервиса ClipSaver.ru
00:12 - Cavaleiro Monge Intérprete: Mariza e Sinfonietta de Lisboa, Lisboa - 2006 Poema: Fernando Pessoa, 9-11-1928 - Poesias Inéditas (1919-1930) Música: Mário Pacheco Arranjo e regência: Jaques Morelenbaum 03:37 - Vaga, no azul amplo solta Intérprete: Ana Moura & Patxi Andión (Madrid, 6 de outubro de 1947 - Cubo de la Solana, 18 de dezembro de 2019) Poema: Fernando Pessoa, 20-03-1931 Música: Patxi Andión 06:46 - Ó sino da minha aldeia Intérprete: António Zambujo Poema: Fernando Pessoa Música: Fado das Horas 12:25 - A morte é a curva da estrada Intérprete: Tiago Bettencourt, Camané e Pedro Castro Poema: Fernando Pessoa, 23-5-1932 Música: Tiago Bettencourt Excertos do filme "Não Sou Nada - The Nothingness Club", de Edgar Pêra, sobre Fernando Pessoa, 2023 16:32 - Mar Português Intérprete: Carlos do Carmo Poema: Fernando Pessoa, “Mensagem” Música: André Luiz Oliveira 21:07 - Quadras Intérprete: Camané, filme “Fados” de Carlos Saura Poema: Fernando Pessoa, 1928 - Poesias Inéditas (1919-1930) Música: Jaime Santos, Fado Alfacinha Guitarra Portuguesa: José Manuel Neto Viola: Carlos Manuel Proença Contrabaixo: Paulo Paz Fernando Pessoa (1888 - 1935) Aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, em 1905 regressou definitivamente a Portugal. Criou os seus três conhecidos heterónimos Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro, em 1914. Em 1915 lançou, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros e outros, a revista Orpheu, que marcou o movimento modernista português. Mundialmente conhecido, um marco na literatura portuguesa do século XX, a sua obra foi traduzida em dezenas de línguas. Poemas originais de Fernando Pessoa: __ Do vale à montanha __ Do vale à montanha, Da montanha ao monte, Cavalo de sombra, Cavaleiro monge, Por casas, por prados, Por quinta e por fonte, Caminhais aliados. Do vale à montanha, Da montanha ao monte, Cavalo de sombra, Cavaleiro monge, Por penhascos pretos, Atrás e defronte, Caminhais secretos. Do vale à montanha, Da montanha ao monte, Cavalo de sombra, Cavaleiro monge, Por plainos desertos Sem ter horizontes, Caminhais libertos. Do vale à montanha, Da montanha ao monte, Cavalo de sombra, Cavaleiro monge, Por ínvios caminhos, Por rios sem ponte, Caminhais sozinhos. Do vale à montanha, Da montanha ao monte Cavalo de sombra, Cavaleiro monge, Por quanto é sem fim, Sem ninguém que o conte, Caminhais em mim. 24-10-1932, Poesias __ Vaga no azul amplo solta __ Vaga, no azul amplo solta, Vai uma nuvem errando. O meu passado não volta. Não é o que estou chorando. O que choro é diferente. Entra mais na alma da alma. Mas como, no céu sem gente, A nuvem flutua calma, E isto lembra uma tristeza E a lembrança é que entristece, Dou à saudade a riqueza De emoção que a hora tece. Mas, em verdade, o que chora Na minha amarga ansiedade Mais alto que a nuvem mora, Está para além da saudade. Não sei o que é nem consinto À alma que o saiba bem Visto da dor com que minto Dor que a minha alma tem. 20-3-1931, Poesias __ Ó sino da minha aldeia __ Ó sino da minha aldeia, Dolente na tarde calma, Cada tua badalada Soa dentro da minha alma. E é tão lento o teu soar, Tão como triste da vida, Que já a primeira pancada Tem o som de repetida. Por mais que me tanjas perto Quando passo, sempre errante, És para mim como um sonho. Soas-me na alma distante. A cada pancada tua Vibrante no céu aberto, Sinto mais longe o passado, Sinto a saudade mais perto. s. d., Poesias __ A morte é a curva da estrada __ A morte é a curva da estrada, Morrer é só não ser visto. Se escuto, eu te oiço a passada Existir como eu existo. A terra é feita de céu. A mentira não tem ninho. Nunca ninguém se perdeu. Tudo é verdade e caminho. 23-5-1932, Poesias __ Mar Português __ Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. s.d., Mensagem __ O amor, quando se revela __ O amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra ela, Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há-de dizer. Fala: parece que mente... Cala: parece esquecer... Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse P'ra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar... 1928, Poesias Inéditas (1919-1930) “Música feita em Portugal” Criei este canal apenas para divulgar a música nacional, a língua portuguesa e a cultura lusófona. Todos os benefícios são rentabilizados pelos “proprietários dos direitos de autor”.