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Tito Lucrécio Caro (99-55 aC) foi um poeta e filósofo latino da Antiguidade Clássica do movimento epicurista. Para Lucrécio e os epicuristas, tudo é feito da mesma matéria. O mundo é feito de átomos em movimento que preenchem o vazio. O que existe é resultante dinâmica das trilhões e trilhões de interações entre os átomos, que colidem, se encontram e desencontram incessantemente. A alma não é imortal, o universo não teve começo nem terá fim, e a história não tem um sentido. Lucrécio acabou tendo um papel fundamental para a eclosão de uma linha de pensamento maldita, considerada perigosa, em meio ao Alto Renascimento. Quinze séculos depois de tê-la escrita, a sua principal obra -- o elogiadíssimo poema em 7.400 versos por meio do que Lucrécio pretendia ensinar a filosofia epicurista à audiência romana de seu tempo -- foi recepcionada pelos humanistas italianos, retraduzida, impressa pelo recém-inventado tipo móvel e redistribuída. "De rerum natura", ou "A natureza das coisas", teve uma lenta porém decisiva filtragem no meio cultural e letrado neoplatônico predominante no século XV. O efeito foi de uma viração: depois da manhã resplandecente, uma brisa tenra de volta à costa, perto das três da tarde. Com o conceito de clinâmen, Lucrécio desenvolveu o atomismo da filosofia antiga (Demócrito), que tendia a um determinismo estéril, dotando-o do aspecto turbilhonar ou contingente, chave para a reabertura da liberdade. A liberdade dos átomos condicionará a liberdade humana, lançando a pedra angular do materialismo moderno: a matéria é condição da liberdade e não um limite à vontade do Sujeito. Nada poderia ser mais ressoante com os dilemas e querelas do Renascimento do que essa contribuição lucreciana, o que possibilitou recompor o terreno da constituição ética e política. Isso se deu justamente quando o neoplatonismo e suas aspirações cósmicas soçobravam diante da história das restaurações. A variação mínima - nec plus quam minimum - introduzida pela recepção do "De rerum natura" no século XV, deflagrou uma linha desviante de dentro da cena neoplatônica. Nesta aula, discutimos as principais ideias do epicurista latino e como elas se condensam no núcleo vivificante de uma Ética: como viver e cuidar de si num mundo tumultuado pelas superstições, os dogmas, os terrores do povo e os falsos profetas da religião ou da política. Esta é a décima aula do curso "O anti-Édipo: filosofia e desejo". Se curtiram, não deixem de seguir o canal. E também no Facebook ( / grupohorazul ) e no Instagram ( / canal_horazul . Bibliografia: "De rerum natura", Lucrécio, séc. I aC. "De rerum natura iuxta propria principia", Bernardino Telésio, 1570-86 (3 eds.). "Ensaios", Michel de Montaigne, 1580. "Philosophia sensibus demonstrata", Tommaso Campanella, 1592. "Lucrécio e a experiência", Marcel Conche, 1967. "Lucrécio e o simulacro", Gilles Deleuze, 1969. "O nascimento da física no texto de Lucrécio", Michel Serres, 1977. Audiovisual (fair use): cena de "Blade Runner: o caçador de androides", EUA, dir. Ridley Scott, 1982. excerto do vídeo do YouTube: "The World's Most Powerful Tidal Current: the Saltstraumen Maelstrom" (link: • The world's most powerful tidal current ), por @TomScott. excerto do vídeo do YouTube: "Laminar vs. Turbulent Flow" (link: • Laminar vs. Turbulent Flow ), por @ColinLasko. -- Professor e edição: Bruno Cava Câmera e som: Julie Nunes Supervisão técnica: Luiz Felipe Teves