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Como Funciona a Manipulação? Como Agem Manipuladores Emocionais?

As pessoas não sabem muito bem como funciona a manipulação e acreditam, sobretudo, que é uma atitude maligna/perversa, rara e pouco usual, e absolutamente planejada - e nada disso de fato define a manipulação. Eu diria que o maior equívoco sobre a manipulação é de que se trata de algo arquitetado e artificial; é o contrário, a manipulação é espontânea. Como assim? Manipulação se caracteriza pelo uso/induções de emoções positivas (felicidade, alegria, lisonja) ou negativas (medo, culpa, vergonha) para atingir suas finalidades. A pessoa manipuladora geralmente não pensa "nossa, vou manipular para atingir objetivos" (só pensa assim quem tem traços antissociais), ela sequer pensa, ela age assim induzindo emoções porque é funcional para ela, porque no contexto que ela foi criada ou no contexto em que atua, na vida adulta, isso funciona de alguma forma para atingir o que quer, e atingindo o que quer ela se sente aliviada. A manipulação não é uma conduta planejada, é uma conduta psicologicamente automatizada porque gera efeitos positivos. Isso ocorre com pessoas que cresceram em famílias que se valem de chantagem emocional como método de negociação, mas acontece também quando se faz parte de grupos políticos no qual o uso de emoções atinge o efeito desejado. Do ponto de vista comportamental, se chora uma vez e se vence a discussão, se chora outra vez e te dão apoio, se chora uma terceira e você é vista como uma pessoa boa; o que se aprende com isso? Que o choro é uma via de sucesso, pois em seguida a ele você recebe a recompensa desejada. Da mesma forma, se lisonja e falsos elogios para induzir emoções positivas der resultado, essa conduta tenderá a se manter, principalmente como forma de conquista ou de ascensão social. Manipuladores o são não porque são malvadões e planejam usar emoções para vencer disputas, manipuladores sequer se encaram como manipuladores; eles manipulam porque é o modo eficiente que aprenderam para conquistar o que desejam. Do ponto de vista deles estão apenas sendo espontâneos e, inclusive, se sentirão afrontados e farão drama (para manipular) caso você acuse a manipulação. Embora manipuladores não se reconheçam como manipuladores, eles reconhecem a manipulação, porque geralmente lidam ou lidavam com contextos em que isso ocorria muito. Um manipulador, ao se deparar com emoções de fato espontâneas e desprovidas de finalidades objetivas ou funcionais tenderá a se revoltar, sobretudo enraivecer, pois no fundo acredita que aquela conduta é manipuladora, pois conhece a função dessas emoções para si mesmo, embora ainda assim não admita isso em si próprio por isso trazer desvantagens sociais ou lhe caracterizar como uma pessoa má - e ninguém quer ser uma pessoa má; por isso que todos justificam o mal causado como bom em algum nível. Para o observador externo isso gera alguns problemas, pois é difícil saber quem é o manipulador de fato numa relação íntima, numa relação trabalhista, numa disputa política, quando há uma situação em que alguém tenta, por exemplo, induzir medo, e o outro chora; ou quando alguém chora, e o outro se irrita. O mesmo pode ocorrer quando alguém tenta induzir emoções positivas e o resultado não é o esperado; será que há algo errado ai? Será que a pessoa que reagiu com indiferença é fria e manipuladora ou apenas psicologicamente imune a manipulação? Funcionalmente, é necessário ter conhecimento da conduta típica de ambas as pessoas envolvidas, de como rotineiramente procedem no contexto avaliado, de como as normas funcionam nesse contexto, para conseguir fazer essa avaliação. E o que fazer quando, diante de tudo isso, quando se conclui que alguém é manipulador? Essa é a parte mais simples: vá embora e apenas reestabeleça uma conversação num contexto em que ambos estejam emocionalmente regulados e em acordo para ter uma conversação sem apelo constante para emoções mas para condutas, possibilidades de correção dessas condutas ou de ajustamento delas para que ninguém saia prejudicado. Se isso não for possível e a pessoa se irritar, de fato se está diante de uma pessoa bastante manipuladora, e inflexível o bastante para não saber sequer dialogar sem a tentativa de indução de emoções para seus fins. ____________________________ Alan Delazeri Mocellim é Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), professor do departamento de Sociologia e da pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Leciona, pesquisa e orienta nas áreas de Sociologia das Emoções, Sociologia do Conhecimento e Psicologia Social. Currículo disponível em: http://lattes.cnpq.br/0264933519544511 Os vídeos aqui apresentados são resultado do projeto de extensão "Violência Psicológica e Abuso Emocional" desenvolvido por Alan Delazeri Mocellim na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Qualquer uso de material aqui apresentado deve, portanto, referenciar o autor (MOCELLIM, Alan) e o apoio institucional da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

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