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O espaço do choro no mercado fonográfico diminuiu vertiginosamente ao longo do final dos anos 1960 e durante a década de 1970. Com a mudança no paradigma dos arranjos para a canção popular, o som do conjunto regional paulatinamente desapareceu dos discos, substituído pelas instrumentações do jazz e do rock. É claro que eventualmente jovens compositores demonstraram pontual interesse por resgatar a velha sonoridade — alguma coisa do Melodia, alguma coisa do Gil, alguma coisa do Macalé, alguma coisa do Sampaio, alguma coisa (como não poderia deixar de ser) de Chico e de Paulinho —, mas nem mesmo o monstruoso boom comercial do samba em meados dos anos 1970 foi capaz de recuperar o protagonismo dos bandolins, das flautas, dos cavacos, dos pandeiros e dos sete cordas nos fonogramas de grande apelo popular. Na verdade, a presença da antiga configuração musical das rádios e dos discos de goma-laca ficou circunscrita a dois pequenos nichos durante os anos 1970: o nicho dos discos “históricos”, abertamente dedicados a resgatar a trajetória dos velhos sambistas e chorões, e o nicho — ainda menor — dos poucos discos gravados por grupos de choro ainda ativos, como o Época de Ouro ou o Regional do Evandro do Bandolim. Discos de solistas, como Altamiro, Déo Rian ou Joel Nascimento, eram artefatos ainda mais raros, luxos perdidos nos amplos catálogos das majors. Uma mudança nesse cenário só se tornaria perceptível na virada para a década de 1980, momento em que as produções independentes se popularizavam e que festivais/projetos de choro surgiam pelo Brasil. A discografia dos Ingênuos é, de certa maneira, um reflexo dessas mudanças: embora ativo desde 1973, e notório por preservar a velha sonoridade dos regionais em terras baianas, o grupo só veio a lançar seu primeiro disco em 1978, pela pequena Clack. Cinco anos mais tarde sairia este LP aqui: lançado de maneira completamente independente — com o luxuoso apoio musical de Altamiro Carrilho na flauta e do maestro Orlando Silveira nos arranjos —, o disco tinha o objetivo de comemorar o décimo aniversário do grupo. Não à toa, quase todas as faixas do repertório foram compostas pelos instrumentistas que tocam no álbum. A exceção? Um choro de Abel Ferreira em homenagem a Salvador. Na verdade, muitas dessas músicas nunca foram regravadas e só estão disponíveis aqui. É um disco lindíssimo, pelo qual sou apaixonado. Deixo, por fim, um destaque especial para o grande Edson Santos no sete cordas. Na faixa que leva seu nome, Edson faz uma das mais impressionantes performances que se tem registro no seu instrumento. A1 - Despretencioso (00:00) A2 - Grão de mustarda (03:35) A3 - Catando ficha (07:10) A4 - Amadeu comendo água (10:12) A5 - Entre amigos (12:38) A6 - Joselita (15:37) B1 - Recordações (19:27) B2 - Chorinho em Salvador (23:12) B3 - Meu amigo Dinho (25:27) B4 - Segura cavaquinho (28:09) B5 - Edson "7 cordas" (30:30) B6 - Misterioso (33:23) Em memória de João Batista Borges, vô de minha companheira e — algo de que sempre se orgulhou — primo de Altamiro Carrilho.