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Despertar com Maira Rocha - O Espiritismo e o Evangelho Vivo

Palestra Pública — Espiritismo e o Evangelho Vivo: Amor que Vira Ação Nesta conversa, fazemos um convite simples e exigente: viver o espiritismo como Evangelho em movimento. Não a “letra morta” que exalta vaidades, mas a fé que se traduz em respeito, empatia, perdão e serviço — hoje, agora, onde a dor pede resposta. Começamos em oração, abrindo os “olhos espirituais” para pedir serenidade aos abatidos, amparo aos enlutados, sustento aos desempregados, cura aos enfermos do corpo e da alma. A prece nos lembra: sem amor não há caminho, sem caridade não há salvação. Por isso, a reflexão de hoje é dirigida, com carinho, aos irmãos espíritas. Kardec codificou uma escola de almas, não um tribunal de teorias. O estudo é necessário, sim — mas sem amor, vira pedantismo; sem caridade, vira frieza. O verdadeiro progresso é unir conhecimento, trabalho e caridade (material, moral e mediúnica), conforme a necessidade concreta de cada lugar e de cada pessoa. Falamos também do “farisaísmo moderno”: quando o zelo pela “pureza doutrinária” esvazia a pureza do coração. O espiritismo não tem donos, nem castas de autoridade; é um caminho de reforma íntima à luz do Cristo. Jesus não nos pediu diplomas: pediu que amássemos uns aos outros. Acolhimento, não exclusão. Ponte, não muro. E porque amor é verbo, partilhamos ações. A Casa da Caridade está em campanha “Pontes do Amor”, em parceria com a Fraternidade sem Fronteiras, para apoiar mães em situação de extrema vulnerabilidade no campo de refugiados de Dzaleka (África). Com contribuição mensal, ajudamos a transformar prostituição forçada em trabalho digno, escola e saúde para crianças. Também seguimos com a rifa solidária do grupo Sementes de Luz para oferecer um Natal completo ao Davi e sua família — porque esperança de criança não pode esperar. Defendemos, ainda, o lugar sagrado da mediunidade. O espiritismo é a doutrina dos Espíritos; não existe espiritismo sem fenômenos, examinados com método, ética e respeito. Pesquisa séria é bem-vinda; linchamento e difamação não são ciência — são violência. Médiuns não pedem endeusamento, pedem dignidade para servir. Se alguém nos pergunta qual caridade “vale mais”, respondemos com o Cristo: vale a que o irmão mais precisa. Às vezes é um passe; outras, um prato de comida, um cobertor, um ouvido atento. Doutrina que não enxuga lágrimas perde a alma do Evangelho. Que esta palestra reacenda em nós o essencial: estudar para amar melhor; discutir menos, servir mais; criticar menos, consolar mais. Onde houver fome, que a fé se torne pão. Onde houver luto, que a fé se torne abraço. Onde houver ódio, que a fé se torne perdão. E quando a noite pesar, lembre: Deus trabalha em silêncio dentro de nós. O amor é o nosso guia; a caridade, a nossa religião. Que assim seja.