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No vídeo onde o Baitaca conta como que surgiu a música Do Fundo Da Grota e tem muito comentários de pessoas que não sabem o que as palavras significam. Então por isso vamos dar aquela destrinchada na letra. "Fui criado na campanha, em rancho de barro e capim, por isso é que eu canto assim, pra relembrar meu passado." Campanha é um pedacito do sudoeste Rio Grande que fica na divisa com o Uruguay e Argentina. É uma parte do Pampa. Rancho de barro e capim, também poderiam ser um rancho de santa fé, se refere a cobertura da construção, feita com capim santa fé. "Eu me criei arremendado, Dormindo pelos galpão, Perto de um fogo de chão, Com os cabelo enfumaçado." Nesse verso é pra estabelecer a situação do vivente, criado meio solto, vivendo sem nada de luxo. Bem campeirão. "Quando rompe a estrela d'alva, Aquento a chaleira já quase no clariá o dia, Meu pingo de arreio relincha na estrevaria, Enquanto uma saracura, Vai cantando empoleirada." Estrela D’Alva na verdade é o Planeta Venus, que é o segundo objeto mais brilhante no céu, depois da Lua. Ele é muito visível no início da manhã. O pingo de arreio é o melhor cavalo, aquele que o peão usa pras principais atividades. E as saracuras são pássaros que cantam muito de manhã cedo, empoleirada nos palanques. "Escuto o grito do sorro, E lá do piquete relincha o potro tordilho, Na boca da noite me aparece um zorrilho, Vem mijar perto de casa, Pra inticá com a cachorrada" O sorro é também conhecido como graxaim. Potro tordilho é o cavalo em formação de pelagem tordilha, acinzentada. O zorrilho que mija perto de casa é um gambazito que deixa cachorrada bem loca. "Numa cama de pelego, Me acordo de madrugada, Escuto uma mão pelada, Acoando no banhadal" O tal do mão pelada é mais um bicho do mato, o guaxinim. Acoando é como a gente chama os barulhos dos bichos, serve pra maioria dos bichos do mato e também pra cuscada. "Eu me criei xucro e bagual, Honrando o sistema antigo, Comendo feijão mexido, Com pouca graxa e sem sal" Esse verso é pra dar intensidade ao personagem da letra. E pra mostrar que é um peão do sistema antigo. "Reformando um alambrado, Na beira de um corredor, No cabo de um socador, Com as mão rodeada de calo" Nesse verso mostra que o peão também tem a lida de alambrador, que é quem faz e conserta as cercas. Socador é a ferramenta utilizada pra socar a terra depois de firmar o palanque e quem já lidou sabe que deixa as mãos cheias de calo. Enquanto o corredor é o local por onde as tropas eram conduzidas. "No meu mango eu dou estalo, E sigo a minha campereada, E uma perdiz ressabiada, Voa e me espanta o cavalo" O mango é uma das ferramentas do gaúcho, feito de couro, com cabo que fica pendurado no pulso pelo fiel. A perdiz é um passarinho, que vive nos campos e que fica escondida nas macegas, de vez em quando salta do meio e assusta o cavalo. "Lá no santo do capão, O subiar de um nambú, Numa trincheira o jacú, Grita o sabiá nas pitanga" Lá em cima do capão, assovia o nambú, que é um passarinho. Na baixada tem o outro pássaro jacú e o sabiá cantando nas árvores de pitanga. "E bem na costa da sanga, Berra a vaca e o bezerro, No barulho dos cincerro, Eu encontro os bois de canga" Sanga é um rio de pequeno porte, cincerro é aquela campainha que fica pendurada nos bois de canga, nas éguas madrinhas ou em algumas ovelhas. Serve pra localizar os animais.