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A REVOLUÇÃO em TIARA e CAPA na IGREJA

O professor Carlos Bezerra, em um dos momentos mais densos da conferência realizada na Escolinha do Mosteiro da Santa Cruz em 12 de dezembro de 2025, detém-se sobre o tema da revolução em tiara e capa, examinando a estratégia histórica de subversão interna da Igreja por meio da própria hierarquia, tal como delineada nos documentos da Alta Venda dos Carbonários e confirmada por testemunhos posteriores. Neste corte, o professor expõe a lógica paciente e metódica da revolução anticristã que abdica do confronto frontal para operar por infiltração, formação e longa duração. A partir das instruções secretas da Alta Venda — cuja autenticidade foi reconhecida e autorizada para publicação pelos Papas Gregório XVI e Pio IX —, evidencia-se um projeto que não busca converter papas ou prelados à força, mas moldar lentamente gerações de clérigos, desde a juventude, até que o próprio vértice da Igreja seja ocupado por homens já impregnados de princípios revolucionários, humanitários e liberais, ainda que revestidos de linguagem e aparência católicas. Carlos Bezerra articula esses documentos com episódios concretos do século XX, destacando as relações entre membros da hierarquia e figuras centrais da Franco-Maçonaria, como Yves Marsaudon, bem como as declarações explícitas de júbilo maçônico diante dos resultados do Concílio Vaticano II. O corte revela como a revolução descrita nos papéis da Alta Venda não se apresenta como hipótese abstrata ou delírio conspiratório, mas como um programa assumido, celebrado e reconhecido por seus próprios agentes quando veem erguer-se uma Igreja transformada por dentro, sem necessidade de pólvora, perseguições abertas ou mártires — apenas com o “dedo mínimo do sucessor de Pedro” involuntariamente integrado ao processo. Ao final, o professor relaciona a revogação prática das sanções contra a Maçonaria, a normalização do ecumenismo indiferentista e a diluição da noção de verdade religiosa a esse mesmo fio histórico, mostrando como a revolução de capa e pluvial não destrói a Igreja externamente, mas a esvazia de dentro, conservando as formas enquanto altera o espírito. Trata-se, assim, de um dos eixos interpretativos mais graves da conferência, no qual a crise atual aparece não como acidente recente, mas como colheita tardia de uma semente lançada deliberadamente no solo da própria instituição. Vídeo completo:    • Como a CONSCIÊNCIA CATÓLICA MUDOU depois d...