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COMO A REVISTA VEJA ENTERROU CAZUZA? - LEITURA MARGINAL 2 года назад

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COMO A REVISTA VEJA ENTERROU CAZUZA? - LEITURA MARGINAL

Se você ouviu esse vídeo e gostou da proposta, ouça os novos vídeos para ajudar o L.M a prosseguir. O YouTube nao esta entregando os vídeos novos pela diversidade dos temas. Obrigado a todos que curtiram e comentaram. Você também pode apoiar nosso projeto pelo pix: [email protected] Descubra como é a vida de pessoas que usam drogas mas não param de trabalhar:    • O DIÁRO DE UM TRABALHADOR ADICTO - Leitura...   A tecnologia que pode consumir o planeta em minutos:    • Como o Gray goo pode destruir tudo - LEITU...   Fontes   / quando-a-veja-matou   http://lisbarreto.blogspot.com/2008/1... Confira polêmica matéria da Revista Veja, de 26 de abril de 1989 que trouxe Cazuza, visívelmente debilitado em destaque de capa, com a seguinte frase: "Uma vítima da Aids agoniza em praça publica." O que gerou revolta por parte de seus fãs e da família e do próprio Cazuza, que ao ler a matéria foi hospitalizado. . A reportagem detalha a luta do cantor contra a doença e mostrava de maneira controversa imagens de Cazuza no hospital e em seus momentos íntimos. Em seu primeiro parágrafo a matéria já apresenta um tom mórbido e pejorativo: A LUTA EM PUBLICO CONTRA A AIDS. O mundo de Cazuza está se acabando com estrondo e sem lamúrias. Primeiro ídolo popular a admitir que está com Aids, a letal síndrome da imunodeficiência adquirida, o roqueiro carioca nascido há 31 anos com o nome de Agenor de Miranda Araújo Neto definha um pouco a cada dia rumo ao fim inexorável. Misturando o interesse público em obter informações sobre a AIDS com a vida íntima debilitada de cazuza. Decretando sua morte, sem nenhum parecer médico, já que à época pouco se sabia sobre a epidemia. a revista prossegue Cazuza faz questão de morrer em público, sem esconder o que está lhe passando. Cazuza conta como convive com a doença. Fala sem firulas de sua bissexualidade, de como se drogou pesadamente e confessa que está tendo dificuldade em se livrar do alcoolismo. Vários veículos de imprensa se dividiram entre defender a publicação da matéria, alegando que a revista havia apenas noticiado a verdade sobre a condição de saúde de uma pessoa pública, e outros acusaram a Veja de sensacionalismo e desrespeito a cazuza: revista: Em seu quarto, o ambiente lembra a assepsia de um hospital bem equipado, com tenda de oxigênio, máscara para facilitar a respiração, cadeira de rodas com forro especial no assento para evitar as escaras provocadas pela longa sedentariedade e uma mesa repleta de frascos de remédios. Das 6 horas da tarde às 8 da manhã uma enfermeira cuida do doente, que dorme seis horas por noite a poder de calmantes e às vezes acorda com dificuldades de respiração. A quem da verdade Como modelo de linguagem jornalística ética e responsável, não seria apropriado nem citar trechos da reportagem da revista Veja de 1989 no trecho a seguir fica claro a intenção da revista em disfarçar sensacionalismo de informação útil sobre a AIDS, usando o momento mais difícil e delicado da vida de um ser humano, tratando a situação de maneira infame e abjeta; O cantor fumava maconha, cheirava cocaína e usava heroína, embora o seu vício mais sério sempre tenha sido o álcool, principalmente o uísque. Some-se a essas drogas todas uma vida sexual extremamente intensa, com parceiros e parceiras, e se tem um quadro da vida de Cazuza, dos caminhos que ele percorreu. O problema, nos anos 80 do século XX, é que a combinação desses fatores facilita a contaminação com o vírus da Aids. A revista ainda fez comparações incoerentes e discriminatórias com seu avô vítima de sífilis: desrespeitando a memória querida por cazuza de seu antepassado Revista: Agenor de Miranda Araújo, o avô de Cazuza, teve sífilis aos 28 anos, enlouqueceu aos 38 e morreu duas décadas depois sem nunca ter deixado de ser considerado uma espécie de doido alegre pela família. Naqueles tempos, a sífilis não tinha cura, era considerada uma doença maldita que, conforme se dizia, se transmitia "pecando". Se o avô teve trinta anos de vida desde que contraiu a doença, o neto disporá de muito menos tempo, a não ser que se descubra a cura da Aids…

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