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Publicado em 1851, Moby Dick é um dos romances mais grandiosos da literatura universal, uma obra que combina aventura marítima, meditação filosófica, crítica social e um profundo exame da alma humana. Herman Melville constrói uma narrativa que ultrapassa o enredo de perseguição a uma baleia: transforma-o em uma alegoria sobre obsessão, destino, liberdade e a eterna luta do homem contra as forças insondáveis da natureza — e de si próprio. Com seu estilo poético, erudito e carregado de simbolismos, o livro permanece como um marco da literatura moderna e um desafio instigante para leitores de todas as épocas. A história é narrada por Ishmael, um jovem marinheiro que embarca em Nantucket, o grande centro baleeiro do século XIX, buscando escapar do tédio e encontrar sentido em sua existência. Em sua jornada, ele conhece o carismático e enigmático arpoador Queequeg, cuja amizade se torna um dos alicerces humanos do romance. Juntos, eles se alistam no Pequod, um navio baleeiro comandado pelo lendário — e temido — Capitão Ahab. O Pequod, descrito com minúcia quase documental, é um microcosmo da humanidade: marinheiros de diversas origens, crenças e temperamentos convivem em meio ao oceano indomável. Mas a ordem natural do trabalho baleeiro é perturbada quando Ahab revela seu verdadeiro propósito: caçar, a qualquer custo, Moby Dick, a colossal baleia branca que o mutilou, arrancando-lhe uma perna. Para Ahab, a baleia não é apenas um animal, mas a encarnação de um mal cósmico, uma força que ele precisa desafiar — mesmo que isso o leve à ruína. A partir dessa revelação, o romance se transforma numa jornada de obsessão. Ahab, consumido pelo desejo de vingança, conduz o navio pelos mares mais perigosos, ignorando alertas, tempestades e presságios. Sua figura austera, marcada pela dor e pela loucura controlada, torna-se um símbolo do homem que desafia os limites do próprio destino. Melville explora a mente do capitão como um trágico herói moderno, alguém que vê no mundo um enigma a ser vencido — e na baleia a resposta para todas as suas angústias metafísicas. Enquanto a caça se aproxima, Ishmael narra episódios que revelam a vida a bordo: rituais, superstições, técnicas de pesca, reflexões sobre religião, filosofia, anatomia das baleias e a indústria baleeira. Esses capítulos, por vezes ensaísticos, ampliam o horizonte do romance e transformam o oceano num espaço de contemplação e mistério. A vastidão marinha torna-se metáfora da própria existência humana — profunda, imprevisível e muitas vezes incompreensível. O Pequod encontra outros navios ao longo da viagem, cada encontro funcionando como aviso ou espelho dos riscos que Ahab insiste em ignorar. Mesmo assim, a tripulação, fascinada e aterrorizada por seu capitão, segue adiante. Apenas Starbuck, o primeiro imediato, ousa questionar a loucura da missão, mas sua voz moral é silenciada pela força magnética da obsessão de Ahab. Quando o confronto final chega, ele é grandioso e devastador. Moby Dick surge como uma força natural absoluta — indiferente, implacável, quase divina. A batalha entre o capitão e a baleia dura três dias, culminando na destruição completa do Pequod. Ahab, preso pelos cabos de seu próprio arpão, é arrastado para as profundezas do mar, vítima de sua obsessão. Toda a tripulação perece, exceto Ishmael, que sobrevive agarrado ao caixão-boia de Queequeg — uma imagem de renascimento, memória e testemunho. Moby Dick encerra-se não apenas com a tragédia de Ahab, mas com uma reflexão sobre o limite entre coragem e loucura, entre o impulso humano de compreender o mundo e a impossibilidade de dominá-lo. Melville oferece um retrato poderoso da luta entre o homem e o mistério absoluto, fazendo da baleia branca um dos símbolos mais duradouros da literatura. Assim, Moby Dick é mais do que um romance de aventuras marítimas: é uma meditação profunda sobre o destino, a insistência humana em buscar sentido e o preço da obsessão. Com sua prosa densa e magnífica, Melville nos lembra que o oceano — como a vida — é vasto demais para ser totalmente compreendido, mas que ainda assim navegamos, em busca de respostas que talvez nunca alcancemos.