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Para ti meu patrício Simplesmente para ti, que sabe, ou pensa saber tudo. Para ti! Especialmente... que gosta de ir a uma festa campeira. Que é uma festa gaúcha, das mais gloriosas festas do meu Pago, tipicamente crioula, ou simplesmente uma doma, como tu a chamas, e que de doma parceiro, não tem nada, porque para quem sabe, o nome é gineteada. Pois bem... Para ti. Para ti e para tantos outros, que para testar um gaúcho, como prova querem fazê-lo sempre usando um laço, para que piale, retorcendo a eguada, ou no corcovear baldoso, do aporreado, que foi acostumado a plantar quem gineteia. Para ti meu patrício, Para que de uma vez por todas, aprendas, ao ficar sabendo, depois que eu rasquetear tua ignorância, esclarecendo-a carinhosamente, para falar-te apenas de coisas que conheço, sem repetir jamais o que aprendi, pelo que ouvi dizer, para que sintas patrício irmão, que não destrilho para não sofrer depois, com comentários. Vou te falar a respeito, apenas do meu tempo, e nunca do tempo que ele, que dobrou meu velho. Patrício amigo! Entre outros, existe lá pelo meu Pago, o domador de potros, o que laça, o que piala, o que monta e as vezes gineteia. O diarista, o mensal, o que tropeia, o que semeia e colhe, compra e vende, o que cura, o que marca, o que banha O que num toso de mestre, grava o nome. E o que com tentos de ñandutí tece esperança. Gente terrunha, que o próprio tempo jamais apagará, porque são homens, esteios do meu Pago. E há homens por lá, que não chimarroneiam ou comem carne como a maioria, porque lhes faz mui mal, tal qual a ti. Existe o alambrador, que sem saber, talvez montar num flete, domou a pá, a alavanca, o espichador, faz mil maneias, cerca califórnias e sangra. "Esse também é gaúcho e crioulo companheiro!" Moreja lá, o monteador, que se faz lenheira, e que reponta na tropa lenhadeira, novilhada de coronilhas, angicos e paus-ferro, montando um pingo cortador, com cabo, que é conhecido mais como machado, "Esse também é gaúcho e crioulo companheiro!" Outros existem! que agüentam mil corcovos, e que no toso de uma velga bem tirada, deixam suas marcas com letras de sementes por essas noites frias, fratoreadas. "Esses também são gaúchos e crioulos companheiro!" Há o que junta jujos, o que ordenha, o caseiro! o que esquila, o aguateiro, o que insemina. Há o ferreiro, que a marreta e bigorna, ferra e cuida os fletes, Há os que amam, os que apreendem e os que ensinam. "Esses também são gaúchos e crioulos companheiro!" Por ofício ou profissão, posso te citar milhares, mas virão sempre trançados com o crioulismo. Desiste de procurar a diferença! Unifica! É lei de patriotismo! Por isso! Por isso te peço que compreendas, porque certos julgamentos que tu fazes, nos doem tanto... Eu não pialo! Nunca pialei, Mas lavrei, bati enxada e ondenhei mil vezes. "Eu sou tão gaúcho ou mais, do que o que monta." Quero que saibas patrício, que não digo o que digo, por ser professor ou me julgar melhor, mas por ter vivido um pouco, e ter sofrido muito, calejando a alma em troca de experiência. Ente de finalmente, que é tão gaúcho, o homem que trabalha na terra desta terra ou deste Pago, quanto o que laça, piala, gineteia ou que escreve um livro com crioula consciência. Orgulho gaúcho de sul-americano. Orgulho mais lindo por ser brasileiro. Orgulho macho de honra e decência. Por isso companheiro, entende que para saber, te falta o que é prudência. E para aprender, te sobra... Se tiveres vergonha.