Mega projeto de $600 milhões! Por que a China construiu uma estrada de 446 km no deserto de Tarim? скачать в хорошем качестве

Mega projeto de $600 milhões! Por que a China construiu uma estrada de 446 km no deserto de Tarim?

Já tem um tempo que a China vem impressionando o mundo com suas criatividades e iniciativas ousadas. E de pensar que há apenas 75 anos atrás, a China era apenas um país agrícola pobre que países com maiores influências políticas lutavam para ver quem iria controlar a região. E um dos feitos que representa essa ousadia chinesa é a estrada do deserto Tarim que atravessa o maior deserto da Terra que é o deserto do Taclamacã. Neste vídeo, vamos falar sobre essa empreitada no ramo de construção rodoviária. Maior que o deserto de Saara Quando falam de “petróleo” ou “deserto”, qual região do planeta você imagina? Com certeza a maioria das pessoas vão falar que é a região do Oriente Médio. Oriente Médio é a terra caracterizado pelos nômades, príncipes, países do conto As Mil e Uma Noites e a extração de petróleo que permitiu alcançar um alto padrão de vida. É muito comum se ouvir falar dos desertos e petróleos da península Arábica e África do Norte. Porém, fora da China dificilmente se ouve falar do deserto de Taclamacã. Esse deserto possui uma reserva de petróleo capaz de suprir a China por completo sem depender de recursos externos. Reiterando, o deserto de Taclamacã é o maior deserto do planeta e fica localizado na parte oeste da China, na região conhecido como Xinjiang. A posição geográfica do deserto de Taclamacã lembra a região de Mordor de “O Senhor dos Anéis”. Pois Mordor também é cercado por montanhas. O deserto de Taclamacã é cercado pela cordilheira Tian Shan no norte, cordilheira Pamir no oeste, cordilheira Cunlum no sul e no leste fica localizado o deserto de Gobi. 3 maciços cercam o deserto e não deixam que o vento com umidade chegue até ele. Esse é o motive pelo qual Taclamacã se tornou uma região desértica. Nessa região central da Ásia que fica próximo ao deserto, moravam os uigures desde a antiguidade. Na sua língua, “taclamacã” significa “o lugar sem retorno”. O motivo pela construção da estrada. Por muito tempo, a região de Taclamacã era para China como se fosse uma mala sem alça. Valioso demais para ser jogado fora e ruim para carregá-lo. Essa situação começou a mudar na década de 90, quando descobriram que tinha uma grande reserva de petróleo nesse deserto. Deng Xiaoping analisou sobre a potência dessa região e decidiu aproveitar ao máximo o que ela tinha para oferecer. Em 1992, deu início a construção da estrada do deserto Tarim. Foi elaborado um projeto para se conectar por estrada os estados de Lintai e Niya, localizados ao norte e sul, respectivamente. A partir daí, era preciso construir ramais nesse campo imenso de petróleo como ramos que saem do tronco de uma árvore. O comprimento total dessa estrada ultrapassou os 550 quilômetros. Muitos especialistas do ocidente descreveram o projeto como sendo ousado demais, extremamente custoso e sem sentido. E de fato, Taclamacã é uma região completamente desprovida de pessoas, sem nenhuma infaestrutura. Além disso, ao contrário do deserto de Saara e dos desertos da península Arábica que é em maior parte um deserto pedregoso, o deserto de Taclamacã é um mar de areia com dunas com mais de 20 metros de altura. Essas dunas poderiam cobrir completamente as estradas e tornar todo o esforço completamente inútil. Mas, o povo chinês decidiram: “O impossível é algo que não foi feito por ninguém ainda, então seremos o primeiro a realizar esse feito”. Em 1995, a estrada do deserto Tarim foi finalizada. A revolta da natureza Mesmo a natureza selvagem, se for analisar pelo lado que não conseguiram impedir a construção da estrada, podemos dizer que perderam o primeiro round na luta contra os humanos. Mas, ela ainda tinha uma carta na manga. E essa carta se refere a duna de 20 metros de altura que já falamos sobre. A areia cobria a estrada por completo sem parar e para retirar era preciso investir uma grande quantidade de tempo. Para se construir 1 quilômetro da pista custava 14 milhões de dólares e se tivesse que ficar realizando manutenções periódicas, iria demandar um valor ainda maior. Para lutar com a onda de terra que poderia afundar a estrada dentro de alguns anos, os engenheiros consideraram algumas soluções. No fim, foi proposto construir uma sarjeta ou uma barreira. A China já construiu a famosa Muralha da China, mas construir algo do tipo novamente demandaria muitos recursos. Imagine só, construir uma barreira com 550 km de comprimento nos dois lados da pista. Além disso, seria necessário construir barreiras nas entradas e saídas que não eram poucas também. Felizmente, a salvação veio da própria natureza que até então os chineses estavam lutando contra. Apesar de o deserto de Taclamacã ser seco, assim como um oásis no meio do deserto, descobriram uma água subterrânea no deserto. Com isso, encontraram uma solução mais simples e mais bonita. Bastava cultivar mais verde. Dentro de alguns anos, tinha crescido uma floresta de verdade ao redor da pista.