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GOLPE NO CHILE: 50 ANOS

GOLPE NO CHILE: 50 ANOS Por Jorge Antonio Barros O golpe militar comandado pelo general Augusto Pinochet (1915-2006) com participação de agentes da CIA, no dia 11 de setembro de 1973, mergulhou o Chile numa ditadura que durou 17 anos (perdeu para a brasileira, que durou 21 anos) e resultou na prisão imediata de cinco mil pessoas, na morte de outras três mil e no desaparecimento de mais de mil e 400. Com um total de 40 mil vítimas, foi uma das mais sanguinárias ditaduras da América Latina, varrida por golpes de estado entre os anos 1960 e 1970, como resultado direto da política externa norte-americana, no auge da Guerra Fria. Por incontáveis violações de direitos humanos, Pinochet foi preso em Londres, em 1998, por ordem do magistrado espanhol Baltasar Gárzon, mas acabou morrendo em 2006 sem condenações. A desinformação é tanta que no Google há quem pergunte se Pinochet foi de esquerda. Não tenha dúvida: ele pertenceu aos quadros da direita mais fascista que existe. Para relembrar esse banho de sangue que foi o golpe de Pinochet, um traidor da pátria, a Turma do Quarentena recebe nesta sexta, às 19h, os jornalistas Gabriela Máximo e Javier González, que a quatro mãos fizeram uma série de reportagens sobre os 50 anos do golpe militar no Chile, publicadas na Nueva Tribuna, da Espanha, e no site 247, brasileiro. Gabriela e Javier reconstituem o golpe militar, minuto a minuto, formando um painel de verdade e memória que até hoje clama por Justiça. Gabriela é jornalista que atuou na editoria internacional do Jornal do Brasil e do Globo por mais de 20 anos. Javier M González, jornalista argentino, correspondente da Radio Nacional de Espanha na América Latina e foi chefe de internacional da rádio em Madri. Ambos cobriram a redemocratização do Chile, nos anos 1990. Gabriela e Javier conversam diretamente de Santiago do Chile, onde estão desde quarta-feira, participando dos eventos comemorativos do aniversário de 50 anos do golpe. Um dos eventos é a exposição de fotos de Evandro Teixeira, que será aberta domingo. Participa da entrevista o colunista de internacional do QUARENTENA, Nelson Franco Jobim, que cobriu a prisão de Pinochet, em Londres.