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A história da “Japinha do CV”, apontada como linha de frente do Comando Vermelho e tida como morta durante a megaoperação policial nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, pode ter virado de cabeça para baixo. Novas informações levantam a possibilidade de que ela esteja viva — e que o corpo mostrado nas redes sociais não seja o dela. Conhecida também como Penélope, a jovem era uma das principais seguranças do traficante Doca, o principal alvo da operação. Ela atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas, circulando entre morros da Penha, Alemão e outras áreas dominadas pelo CV. Segundo investigadores, era uma espécie de “soldado de elite” da facção. Após a operação, imagens de uma mulher morta com tiro no rosto, usando roupa camuflada e colete balístico, começaram a circular com legendas que afirmavam se tratar da Japinha. A irmã dela, nas redes sociais, chegou a pedir que as pessoas parassem de compartilhar as fotos do corpo, dizendo que o sofrimento da família estava sendo ampliado pela exposição. Mas a história tomou outro rumo. Um áudio antigo que voltou a circular mostra uma voz atribuída à própria Penélope, dizendo estar viva após uma operação anterior e pedindo a um amigo para “deixar as pessoas acreditarem que ela morreu”. Além disso, a lista oficial de mortos divulgada pela Polícia Civil e revelada pela coluna de Mirelle Pinheiro, do portal Metrópoles, não contém o nome de nenhuma mulher entre os 115 suspeitos mortos na ação. Ou seja: nenhuma mulher foi oficialmente identificada entre os mortos — e o nome de Penélope, ou “Japinha do CV”, não aparece em nenhum documento. Diante das novas informações, o mistério segue: teria a “Japinha do CV” realmente morrido no confronto, ou escapou mais uma vez das forças de segurança? O caso está sendo acompanhado pela Delegacia de Homicídios da Capital e pela Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro.