Presente de Natal (Esternotomia - B. R. De Oliveira) скачать в хорошем качестве

Presente de Natal (Esternotomia - B. R. De Oliveira)

Presente de Natal O feio rabisca sorrisos sonoros, pendura na porta da casa vazia um visco acuado do ano passado, e cruza os dedos querendo o natal: que ele repita, mas não tão igual. O beijo, desejo jamais esquecido, embaixo do visco não aconteceu. Sucedeu ainda ao feio e sem sorte o prazo da morte vir tirar vantagem trazendo a mensagem, rastilho do choro, explodiu certezas que ao feio doeu. O cobertor verde, vermelho e branco dizendo honrado a dor afanar, secou todo o pranto e abriu a janela pra o feio enxergar o Noel no trenó. Seu borogodó colhendo anseios gargalhando forte, sabendo o futuro: a prenda Tereza o iria beijar atrás do seu muro (o mundo guri) ─ no escuro a lua não ousa tocar. E ele a traria pra baixo do visco de olhos vendados pra face ocultar. Então vai percebe num breve tropeço: a bela Tereza não sabe enxergar. Suspira o suspiro do logo ao nascer, e beija beijando o beijo beijado. O visco tutela o dado presente e o feio assevera bom menino ser. Tereza vai embora, não volta pro saco, sim volta pra casa impetrar os pais. Noel esquecera a autorização. O feio o natal só quer concretizar. Poema publicado no livro Esternotomia de B. R. De Oliveira, disponível na Amazon: https://abrir.link/Lkonx