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#Logun Ouça as músicas de Logun em todas as plataformas digitais: Voz principal: Logun Obra principal: Raiz Forte Editora: Baú das Letras Uma produção e realização Baú das Letras Curtir Logun Instagram @Soulogun Tiktok @soulogun Letra: Rota da dor Imagina fechar os olhos por dez segundos Agora pensa que quando você abrir não tem seu quarto não tem sua rua não tem seu nome Só lamentos, barulho do mar e correntes Imagina crescer achando que liberdade é só uma palavra bonita porque ninguém nunca te disse que ela podia ser sua Imagina ser tratado como objeto como se teu corpo não tivesse alma como se tua dor não tivesse som Agora abre os olhos Tudo isso aconteceu Com milhões Por séculos Nesse mesmo chão onde você pisa hoje E o mais doído? A gente quase não fala disso Quase não escuta as vozes que ainda ecoam Hoje… a gente vai ouvir Antropologicamente da raiz ao suor, do começo ao horror eu revisito séculos de cicatrizes pra entender o peso do que ficou E nessa rota que atravessa oceanos a dor navega como quem sabe nadar No ventre do barco, no breu do porão o grito escondido insiste em ecoar Navios negreiros, navios tumbeiros rotas traçadas por olhos sem alma Corpos jogados viravam refeição Tingindo de sangue o caminho da aflição Cada nome na lista é ferida exposta Cada alma perdida vaga sem resposta Angola, Daomé, Guiné, Congo Moçambique, Senegal, Gorré Aqueles que chegaram ao Cais do Valongo Apresentaram as marcas da resistência Arrancados da terra, não da existência Antropologicamente eu volto no tempo só pra entender como é que um país inteiro não fala E aprendeu a crescer fingindo não ver E nessa pergunta que nunca se cala eu fico atento, na nossa nova senzala procurando no vento quem eu sou E o que a história diz não vem da minha voz mas da voz de Kehinde que mesmo cega, enxergou melhor que nós Africana roubada mulher que o mundo tentou apagar Humilhada, violada, traída mas nunca aceitou se calar Fez do trabalho sua arma fez da luta uma espécie de carma fez de si mesma um farol que guia Comprou a própria alforria vendendo biscoito, sua iguaria Procurou o filho em cada esquina enfrentou a crueldade do juiz Que protegia a lei da carnificina Guia na Revolta dos Malês irmã de coragem de Luísa Main semente que germinou Luís Gama raiz que nunca teve fim E no eco dessa saga imensa o que o tempo tenta esconder eu trago pra luz, pra rua tensa pra lembrar o que não deve morrer Minha pele não tem defeito é história, é força, é direito Minha alma carrega respeito de quem nunca se deixou quebrar E se o mundo tentou apagar meu nome eu escrevo de novo, em pedra porque tudo que vivi foi grande e a minha vida é um grande feito E atento a cada nome que lutou De Kehinde, Luiz Gama e Luísa Main E se agora eu sei de onde vim Eu saberei dizer quem eu sou