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Tratamento medicamentoso do Diabetes

O diabetes leva a diversas complicações no organismo, tais como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, nefropatia (problemas renais) e neuropatia diabética. Sendo assim, é de fundamental importância o tratamento medicamentoso (Antidiabéticos orais e/ou Insulinoterapia) e tratamento não-medicamentoso (Treinamento Físico e Alimentação) para levar ao controle glicêmico. Temos diversas classes de medicamentos Antidiabéticos orais que possuem funções fisiológicas específicas, por isso precisamos entender o mecanismo de ação de cada uma: Sulfonilureias e Glinidas: aumentam a secreção pancreática de insulina; Inibidor da Alfaglicosidase: reduz a velocidade de absorção dos carboidratos; Biguanida: diminui a glicogenólise hepática (liberação de glicose pelo fígado) e aumenta a sensibilidade à insulina devido ao aumento da ativação e translocação dos transportadores de glicose (GLUT); Tiazolidinediona ou Glitazona: promovem aumento da captação de glicose devido ao aumento da ativação e translocação dos transportadores de glicose (GLUT), além de serem agonista seletivos para os receptores gama ativados pelo proliferador de peroxissomo (PPARγ). A ativação dos receptores nucleares PPARγ aumentam a captação de glicose e participam da regularização do metabolismo dos ácidos graxos (gorduras); Gliptinas: Inibidores da DPP-IV (Dipeptidyl peptidase-4), enzima que degrada o GLP-1 (Glucagon-like peptide-1), hormônio que é liberado pelo intestino delgado quando há presença de glicose que leva ao aumento da liberação de insulina pelo pâncreas e redução da secreção de glucagon; Miméticos e Análogos do GLP-1: imitam a função do GLP-1 que é aumentar a liberação de insulina pelo pâncreas e reduzir a secreção de glucagon; Inibidores do cotransportador sódio-glicose tipo 2 (SGLT2): age inibindo o cotransportador sódio-glicose 2 (SGLT2), proteína responsável pela reabsorção da glicose no rim, como essa proteína estará inibida haverá aumento da excreção de glicose na urina. Para transformarmos a vida dos alunos diabéticos precisamos ir além do entendimento do treinamento físico e alimentação. Referências: American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes - 2016. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016).