Literatura - Aula 17: Modernismo (3ª fase) - Geração de 45 скачать в хорошем качестве

Literatura - Aula 17: Modernismo (3ª fase) - Geração de 45

Queridonas e Queridões, venho nessa mensagem me posicionar a respeito da questão sobre o FEMINISMO, pois acredito que não me fiz entender. Concordo plenamente com as indignações, em especial, das mulheres e meninas, neste vídeo. Acho que não me expressei direito nesse sentido. Adoro e respeito a Clarice em todos os sentidos possíveis e existentes, mas minha indignação tem a ver com a ACADEMIA (professores e críticos literários), pois a rotula como feminista e pronto, pelo menos alguns assim o fazem. Como se ela fosse somente isso ou tenha feito literatura para esse ideal. Acho que isso é diminuir seu trabalho, pois parece que sua única influência e busca é o feminismo, e isso não é verdade. ELA MESMO FALA ISSO EM UMA ENTREVISTA. E se a escritora falou sobre a própria obra, quem sou eu ou outra pessoa para criticá-la. Ou seja, é fácil de encontrar esta busca pela igualdade de gêneros em sua obra, mas isso é mais uma característica de sua bela obra. Inclusive gostaria de dizer que sou feminista, me identifico muito com a causa e acredito que não pode parar de forma alguma, seguimos na luta pela equidade de gêneros e de direitos. Normalmente lemos que suas personagens são femininas porque ela é feminista. Inclusive acho isso discutível. Clarice também.... É muito pobre esse tipo de afirmação, pois ela buscou um nova forma de fazer literário que enriqueceu muito a nossa literatura. Mais do que intrigas, ela buscou analisar todas as formas e impressões psíquicas. Além disso, resolveu se inserir nas concepções mais profundas dos labirintos da existência e das experiências do ser humano, em especial, das mulheres. Buscou novas formas e elementos temáticos onde as suas personagens eram inseridas, muitas vezes sofrendo a opressão de uma sociedade extremamente machista. Que era (e ainda é, em menor escala, comparado à sua época, muito machista). Luta que vem até os dias atuais. A consciência da menina Lispector vai muito além do feminismo, e não que isso seja algo menor, que por si só já seria algo incrível, maravilhoso, mas também busca entender as profundezas da alma. Na minha opinião, a sua produção chega ao ponto filosófico, onde os "porquês" são buscados incessantemente. O intimismo, as dilacerações, a solidão, o vazio, a liberdade, o desconforto e o MACHISMO são usuais e presentes no seu cotidiano, não somente em suas personagens, mas acredito que em sua vida particular. Espero que todas tenham compreendido minhas inúmeras repetições a respeito deste assunto no vídeo. Nada contra o movimento, que é lindo e necessário, até por uma questão de justiça, inclusive. É nesse sentido. Outra coisa, Clarice não é somente um ícone na literatura nacional, acredito que está inserida no cânone do século XX da literatura universal. Obrigado pela compreensão, obrigado pelas críticas, pelas opiniões muito bem fundamentadas e embasadas de Todos. E, mesmo tendo decepcionado muitas meninas, não foi minha intenção!!!!! Espero ter desconstruído essa ideia do "ataque ou algo contra o feminismo"... Beijos & Abraços Prof. Bira