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Trazer o mar à tona é o grande desafio que temos pela frente “Se o meu sangue não me engana Como engana a fantasia Havemos de ir a Viana Ó meu amor de algum dia Ó meu amor de algum dia Havemos de ir a Viana” Amália Rodrigues Um espaço museológico de excelência. Vários projectos. Uma forte ligação às escolas. À comunidade. Do que é feito e do que se pretende atingir. De reaproximar a comunidade às tradições antigas, “onde o mar participava na própria criação da identidade local”, conforme destaca Isabel Estrada Carvalhais. Do mar de oportunidades. O Centro de Mar de Viana do Castelo, instalado no antigo navio hospital Gil Eannes serviu para uma viagem inesquecível à nossa costa. “O objectivo foi criar um ponto de encontro com o mar, congregar todas as valências que o mar tem, desde o passado, um registo dessa memória viva, o que é nos dias de hoje e do que poderá ser no futuro a nossa conexão com o mar”, começou por referir Leonor Cruz, coordenadora do Centro de Mar de Viana do Castelo, unidade que celebra este ano uma década e que está sediado no Gil Eannes. “O espaço só podia ser um”, acrescenta, descrevendo que o antigo navio hospital foi construído “na década de cinquenta do século passado nos estaleiros navais de Viana do Castelo e, efectivamente, tinha como função basilar prestar apoio aos pescadores que estavam na Terra Nova, Gronelândia, na pesca do bacalhau”. “Eram condições extremamente duras, complexas e o navio servia para dar suporte médico, mas não só. Tinha, por exemplo, uma capela que ainda hoje os visitantes podem conhecer, tinha um pároco a bordo, levava ainda combustível, funcionam igualmente como correio de bens essenciais a toda a frota pesqueira, daí ser conhecido também como anjo branco. “Quando os pescadores viam o navio sentiam um conforto, uma vez que estava a chegar notícias de casa, uma alimentação melhorada e, para quem estava mais de seis meses fora de casa e com condições muito duras, no meio de tempestades, sem horários, com várias tarefas, era mesmo um alívio. A Fundação tem feito um trabalho muito grande em torno de ter o máximo de documentação possível, capaz de descrever o que era, contudo, para nós, é, ao mesmo tempo, algo inimaginável”, salientou ainda. A história do navio Gil Eannes não se esgotou. Na década de 70 teve outras funções, contudo é nos anos 90 que é resgatado pela comunidade vianense, porque esteve ao abandono. Houve uma grande mobilização para trazê-lo para a sua terra e, hoje em dia, é o museu mais visitado de Viana do Castelo e um dos mais visitados no país. “Um acto de enorme relevo”, destaca Isabel Estrada Carvalhais, uma vez que “para além da preservação”, a deputada ao Parlamento Europeu destaca as várias funções que tem, nomeadamente no “aspecto pedagógico que representa para as actuais gerações, de modo a que não se perca este património imaterial, respeitando a memória e o que nos deixaram”. Do passado avançamos para o presente. Atualmente o Centro de Mar desenvolve iniciativas e serviços para diferentes públicos. Todas as crianças de Viana do Castelo têm uma experiência náutica no seu currículo escolar e esse foi um dos pontos projectados em Viana do Castelo. Fisicamente há o Centro de Interpretação, onde se realizam exposições temáticas, e o Centro de Documentação do Mar, que possui um acervo, que conta também com a colaboração da população. “Há alimentos, objectos, fotografias, cédulas até de pescadores, uma diversidade imensa à volta do mar”, destaca Leonor Cruz, salientando que, em 2020, aconteceu um dos pontos altos com a criação do museu virtual da memória marítima, que garante toda a digitalização da documentação marítima. “Isso permite ainda chegar a outros públicos”, assevera Isabel Estrada Carvalhais, assumindo a disseminação do conhecimento e a colaboração em rede como “pontos vitais” deste projecto, num “despertar do pensamento crítico” em torno do mar. É perante esse olhar, que se projecta o futuro. Fala-se de sustentabilidade, de economia azul. Que seja capaz de conciliar a governança do mar, com o turismo, com as eólicas e com as actividades tradicionais. “Estamos a explorar o mar de oportunidades?”, lança o desafio a deputada ao parlamento europeu. “A nossa afinidade com o mar é um bocado limitada. Tem a ver com o desconhecimento”, comenta Leonor Cruz. “A maior parte de nós conhece o mar até onde consegue nadar. São poucos aqueles que vivenciam o mar de outra forma”, considera Leonor Cruz. “Em terra é possível explorar diferentes paisagens e domínios, enquanto que no mar, que nos dá uma imensidão, o acesso não é tão fácil”. “Trazer o mar à tona é um dos desafios”, refuta Isabel Estrada Carvalhais. “Há necessidade de termos mais dados sobre o mar”, acrescenta, “aludindo ao universo de oportunidades que existem”.