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00:00 - José Afonso 03:36 - Dulce Pontes 08:30 - Vozes da Rádio (vozes) 12:11 - Paulo Soares (guitarras) Lista de músicas de José Afonso no canal: • Canção de embalar (Zeca Afonso) - Cri... Excertos do documentário português de longa-metragem de António da Cunha Teles (1976) - "Continuar a Viver ou Os Índios da Meia-Praia": Na década de 50, dezenas de pescadores originários de Monte Gordo chegaram a Lagos, na outra ponta do Algarve, à procura de trabalho. Na Meia-Praia havia peixe mas faltavam casas. Improvisaram-se cabanas colmo nas dunas... o aspeto valeu-lhes a alcunha de Índios, os Índios da Meia-Praia. Quando se deu a revolução de 25 de Abril de 1974 já só restava uma cabana de colmo. Todas as outras tinham sido transformadas. Eram barracas de zinco, com os dias contados porque o governo da altura queria acabar com as barracas no país. Através do serviço ambulatório de apoio local, conhecido como projeto SAAL, o governo cedia o terreno, o apoio técnico e parte do dinheiro, se as populações avançassem com a mão-de-obra. Ansiosa por deixar as barracas, a população organizou-se em turnos. Quando os homens estavam no mar, eram as mulheres que trabalhavam nas obras. Havia duas regras: as habitações tinham de começar a ser construídas ao mesmo tempo e todos teriam de ajudar na construção de todas as casas. O carisma dos Índios da Meia-Praia chegou aos ouvidos de um realizador de cinema. António da Cunha Telles decidiu documentar a transformação que estava em marcha. O trabalho deu origem à música de Zeca Afonso. __ Os índios da meia praia __ Composição: Zeca Afonso Aldeia da Meia Praia Ali mesmo ao pé de Lagos Vou fazer-te uma cantiga Da melhor que sei e faço De Montegordo vieram Alguns por seu próprio pé Um chegou de bicicleta Outro foi de marcha à ré Quando os teus olhos tropeçam No voo de uma gaivota Em vez de peixe vê peças de oiro Caindo na lota Quem aqui vier morar Não traga mesa nem cama Com sete palmos de terra Se constrói uma cabana Tu trabalhas todo o ano Na lota deixam-te nudo Chupam-te até ao tutano Levam-te o couro cabeludo Quem dera que a gente tenha De Agostinho a valentia Para alimentar a sanha De esganar a burguesia Adeus disse a Montegordo Nada o prende ao mal passado Mas nada o prende ao presente Se só ele é o enganado Oito mil horas contadas Laboraram a preceito Até que veio o primeiro Documento autenticado Eram mulheres e crianças Cada um com o seu tijolo Isto aqui era uma orquestra Quem diz o contrário é tolo E se a má língua não cessa Eu daqui vivo não saia Pois nada apaga a nobreza Dos índios da Meia-Praia Foi sempre tua figura Tubarão de mil aparas Deixas tudo à dependura Quando na presa reparas Das eleições acabadas Do resultado previsto Saiu o que tendes visto Muitas obras embargadas Mas não por vontade própria Porque a luta continua Pois é dele a sua história E o povo saiu à rua Mandadores de alta finança Fazem tudo andar para trás Dizem que o mundo só anda Tendo à frente um capataz Eram mulheres e crianças Cada um com o seu tijolo Isto aqui era uma orquestra Que diz o contrário é tolo E toca de papelada No vaivém dos ministérios Mas hão de fugir aos berros Inda a banda vai na estrada “Música feita em Portugal” Criei este canal apenas para divulgar a música nacional, a língua portuguesa e a cultura lusófona. A seleção do repertório retrata uma opção estética meramente pessoal… Como não pretendo ganhar qualquer dinheiro com os vídeos, todos os benefícios são rentabilizados pelos “proprietários dos direitos de autor”.