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Atender de graça é dever ético?

A pressão por uma psicanálise acessível a todos é um imperativo social inegável. Mas quando a consulta é totalmente gratuita, quem está pagando a conta? Nesta live, vamos enfrentar uma questão espinhosa: a psicanálise não é assistência social mas tem uma ação social. Vamos trazer à tona os seguintes paradoxos: • A Economia do Desejo: Pode a gratuidade absoluta reforçar a posição de impotência do paciente? • O Preço do Sintoma: Como entender a ideia de que o paciente deve gastar mais na sua cura do que gasta para manter seu sofrimento? • Gratuidade vs. Dádiva: A diferença crucial entre uma clínica social (com uma estrutura ética de doação) e a livre regulação da clínica privada, onde cada analista é livre para organizar sua prática de acordo com sua formação e proposta teórica. • Formas de Pagamento para Além do Dinheiro: Elas existem? • Acessibilidade ou Diluição? Democratizar a psicanálise é esvaziar seu poder de transformação e reduzí-la a um mero amparo? Esta live é um convite para um debate corajoso além dos placebos sociais. É para psicanalistas e interessados que desejam refletir sobre os alicerces que sustentam a cura, em contraposição a uma mera adaptação. Refletiremos sobre a importância das clínicas sociais como uma via, sobre o direito ético do analista de sustentar as condições de seu trabalho, em uma clínica que não se rende à lógica do assistencialismo. Traga suas questões e experiências para este debate fundamental sobre o valor, a dádiva e a responsabilidade na clínica psicanalítica.