Paranoia: o que é e como acontece? | Daniel Barros - CRM/SP 100.674 скачать в хорошем качестве

Paranoia: o que é e como acontece? | Daniel Barros - CRM/SP 100.674

O que significa paranoia? E quando chamam alguém de paranoico, o que quer dizer? Vamos falar um pouco sobre esse termo que está voltando à moda, a paranoia. A palavra que tem significado preciso, que explica que há uma desconfiança exagerada. Existe o Transtorno de personalidade paranoide, quando a pessoa acha que o tempo todo estão prejudicando ela, que seus direitos não estão sendo respeitados. Às vezes a ofensa nem ocorreu, mas ela exacerba a injustiça que sofreu. Ela começa até a relacionar coisa contra ela mesma e quer buscar justiça o tempo todo. Fica magoada, guarda rancor e briga, entra em disputas para reaver o que lhe foi tomado. Dois personagens clássicos do cinema são paranoicos: Robert De Niro, em Taxi Driver e Mel Gibson, em Teoria da Conspiração. Dois taxistas. Eles acham que veem as coisas melhor que os outros, ou conseguem ligar as pontas melhor. Kurt Schneider, psiquiatra alemão do século 20, foi um grande defensor de transtornos de personalidade e dizia que esse tipo de personalidade (a paranoide) na verdade classificava as pessoas que exageravam nos valores de suas ideias. Já Millor Fernandes diz algo curioso: o fato de ser paranoico não significa que ele não esteja sendo perseguido. Ou seja, pode ter algo acontecendo sim. A questão é o quanto aquilo interfere na vida da pessoa – esse aliás é o critério para todos os transtornos de personalidade. Tem gente mais desconfiada mesmo, falo disso no vídeo. Mas quando isso começa a prejudicar a vida (da pessoa e dos outros ao redor), já é preciso tratamento. A paranoia também pode ser um sintoma de outros transtornos, como a esquizofrenia. Nos transtornos psicóticos a pessoa tem delírios e a sensação de perseguição gira em torno disso. Ela tem a crença absoluta de que está sendo perseguida. Nesse caso, é preciso tomar remédios antipsicóticos. Já a pessoa que tem a personalidade paranoica pode demonstrar alguma flexibilidade nesse tipo de pensamento. Ou seja, o impacto é menor. Nesse caso não há remédio que trate, é o jeito de a pessoa ser e ela precisa aprender a lidar com aquilo. “Precisamos da nossa paranoia para sobreviver”, já dizia Octavia Butler, no livro A Parábola do Semeador, que traz um cenário pós-apocalíptico. Ou seja, de repente a paranoia protege a gente – e os taxistas, que lidam com tanta gente diferente. Quem sabe? Se você tem alguma dúvida, deixa aqui nos comentários que eu respondo num próximo vídeo. Compartilhe esse vídeo pra ajudar mais gente a entender seu comportamento. ------------------------------- A gente se encontra nas minhas redes sociais: -- Facebook:   / danielbarrospsiquiatra   -- Instagram:   / danielmbarros   -- Twitter:   / danielmbarros   Facebook: Daniel Barros Psiquiatra Instagram: @danielmbarros Twitter: @danielmbarros Daniel Martins de Barros RQE 62264 CRM/SP 100.674