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Nódulos Renais - Diagnóstico e Tratamento

O que é câncer de rim? O câncer no rim, também conhecido como câncer renal ou carcinoma de células renais, é uma condição em que células malignas se desenvolvem nos rins, órgãos responsáveis pela filtragem do sangue e pela produção de urina. Geralmente, esse tipo de câncer se origina nos túbulos renais. O câncer de rim é a terceira neoplasia mais frequente do trato urinário, corresponde a 3% dos tumores malignos do adulto, sendo o mais letal dos cânceres urológicos com mais de 40% de mortalidade. Dentre os tipos histológicos, o carcinoma de células renais do subtipo células claras são os mais frequentes. Incide nas sexta e sétima décadas de vida, predominando no sexo masculino (3:2 casos). Na maioria das vezes é esporádico, com apenas 15% dos casos estando relacionados a genética / hereditariedade. Fatores de Risco para o Câncer nos Rins Dentre os principais fatores de risco estão o tabagismo, aumentando o risco em 2 vezes, a obesidade (3 vezes) e hipertensão arterial. Além disso, a insuficiência renal crônica dialítica pode ser um fator predisponente. Como é feito o diagnóstico de Câncer Renal? Sua incidência tem apresentado aumento nos últimos anos, e muito se deve ao uso frequente de exames de imagem – ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RNM) – para avaliação de queixas variadas abdominais ou exames de rotina, de modo que atualmente a maioria dos casos diagnosticados são assintomáticos, considerados incidentais. Câncer no Rim: Sintomas Naqueles sintomáticos, principalmente nos casos avançados, as apresentações clínicas são diversas. Hematúria (sangue na urina), dor lombar e massa palpável representam a tríade clássica ocorrendo em apenas 10% dos casos. Outros sinais menos comuns como emagrecimento, hipertensão, anemia, além de varicocele de início súbito em adultos podem estar presentes. Após detecção completa-se o estadiamento com Tomografia de Tórax, Cintilografia óssea e Tomografia de Crânio só devem ser solicitadas para suspeitas clínicas de metástases. Câncer no rim tem cura? O câncer renal é um dos mais frequentes tumores urológicos e o mais letal. Seu diagnóstico tem sido dado por exames de rotina proporcionando aumento na janela de cura. Quando detectado precocemente é possível tratamento curativo com nefrectomia parcial ou radical. Nos casos avançados, é importante a condução combinada do urologista e oncologista para poder definir a melhor abordagem terapêutica com medicações sistêmicas, associados ou não a cirurgia, proporcionando aumento da sobrevida e conforto para os pacientes em estágios terminais da doença. Tratamento para Câncer nos Rins A cirurgia continua sendo o único tratamento para o câncer renal localizado. Pacientes com tumores pequenos e favoráveis podem ser candidatos a cirurgia poupadora de néfrons, a nefrectomia parcial, com excelentes resultados oncológicos e sobrevida global. Pacientes com insuficiência renal estabelecida ou com fatores de risco para desenvolvê-la (diabetes e hipertensão grave) beneficiam-se desta técnica. Para os casos mais agressivos e tumores de maior tamanho lança-se mão da nefrectomia radical, com remoção de linfonodos regionais, além da glândula adrenal nos casos indicados. Os tumores agressivos podem apresentar-se com trombos venosos e é necessária remoção completa dos mesmos, por vezes com necessidade de ressecção da veia cava ou até abordagem cardíaca para retirada do trombo intra-atrial. Tal procedimento é desafiador, porém não deve ser desencorajado pois há benefício de sobrevida naqueles em que há exérese completa. Nesse caso, a cirurgia minimamente invasiva como a laparoscopia ou a cirurgia robótica são as técnicas escolhidas para o tratamento das neoplasias renais devido menor sangramento, maior taxa de preservação renal (cirurgias parciais) e retorno precoce as atividades do dia-a-dia. Mesmo na doença avançada com metástases, a nefrectomia citorredutora, em casos selecionados, pode ter papel importante para aumento da sobrevida e melhora da resposta aos tratamentos sistêmicos existentes até o momento, dentre eles terapia de alvo molecular e imunoterápicos. Se tiver alguma dúvida envie nos comentários Dr. Alexandre Sato Urologista CRM 146.210 RQE 61330 www.dralexandresato.com.br