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João Bosco - Quilombo / Tiro De Misericórdia (Ao Vivo) 6 лет назад


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João Bosco - Quilombo / Tiro De Misericórdia (Ao Vivo)

Siga o artista: Facebook:   / oficialjoaobosco   Quilombo / Tiro De Misericórdia - Ao Vivo Em São Paulo / 2006 (Aldir Blanc, Aldir Blanc, João Bosco, João Bosco) Letra: Cama arruma a cama arruma a cama Cama arruma a cama arruma a cama Cana apanha a cana apanha a cana Cana apanha a cana apanha a cana Trama arruma a trama arruma a trama Trama arruma a trama arruma a trama Tranca arromba a tranca arromba a tranca Tranca arromba a tranca arromba a tranca Zanga atiça a zanga atiça a zanga Zanga atiça a zanga atiça a zanga Fogo ateia o fogo ateia o fogo Fogo ateia o fogo ateia o fogo Ponta afia a ponta afia a ponta Ponta afia a ponta afia a ponta Canto apruma o canto apruma o canto Canto apruma o canto apruma o canto. O menino cresceu entre a ronda e a cana Correndo nos becos que nem ratazana. Entre a punga e o afano, entre a carta e a ficha Subindo em pedreira que nem lagartixa. Borel, Juramento, Urubu, Catacumba, Nas rodas de samba, no eró da macumba. Matriz, Querosene, Salgueiro, Turano, Mangueira, São Carlos, menino mandando, Ídolo de poeira, marafo e farelo, Um deus de bermuda e pé-de-chinelo, Imperador dos morros, reizinho nagô, O corpo fechado por babalaôs. Baixou Oxolufã com as espadas de prata, Com sua coroa de escuro e de vício. Baixou Cão-Xangô com o machado de asa, Com seu fogo brabo nas mãos de corisco. Ogunhê se plantou pelas encruzilhadas Com todos seus ferros, com lança e enxada. E Oxossi com seu arco e flecha e seus galos E suas abelhas na beira da mata. E Oxum trouxe pedra e água da cachoeira Em seu coração de espinhos dourados. Iemanjá, o alumínio, as sereias do mar E um batalhão de mil afogados. Iansã trouxe as almas e os vendavais, Adagas e ventos, trovões e punhais. Oxum-Maré largou suas cobras no chão. Soltou sua trança, quebrou o arco-íris. Omulu trouxe o chumbo e o chocalho de guizos Lançando a doença pra seus inimigos. E Nana-Buruquê trouxe a chuva e a vassoura Pra terra dos corpos, pro sangue dos mortos. Exus na capa da noite soltara a gargalhada E avisaram a cilada pros Orixás. Exus, Orixás, menino, lutaram como puderam Mas era muita matraca pra pouco berro. E lá no horto maldito, no chão do Pendura-Saia, Zumbi menino Lumumba tomba da raia Mandando bala pra baixo contra as falanges do mal, Arcanjos velhos, coveiros do carnaval. Irmãos, irmãs, irmãozinhos, Por que me abandonaram? Por que nos abandonamos Em cada cruz? Irmãos, irmãs, irmãozinhos, Nem tudo está consumado. A minha morte é só uma: Ganga, Lumumba, Lorca, Jesus... Grampearam o menino do corpo fechado E barbarizaram com mais de cem tiros. Treze anos de vida sem misericórdia E a misericórdia no último tiro. Morreu como um cachorro e gritou feito um porco Depois de pular igual a macaco. Vou jogar nesses três que nem ele morreu: Num jogo cercado pelos sete lados. Produção e direção: Marcelo Santiago Music video by João Bosco performing Quilombo / Tiro De Misericórdia. © 2006 Universal Music International http://vevo.ly/liGoCl

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