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COMO GREGÓRIO FORTUNATO MORREU?

Como Gregório Fortunato morreu? Gregório Fortunato, também conhecido como “Anjo Negro”, foi uma figura notável na história política do Brasil. Ele ficou conhecido como o  chefe da guarda pessoal do presidente brasileiro Getúlio Vargas, e por estar envolvido em um dos momentos mais decisivos da vida política de Vargas. Gregório Fortunato nasceu em 24 de janeiro de 1900, na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul. Ele era filho de Damião Fortunato e Ana de Bairro Fortunato, ex-escravos alforriados. O casal teve 6 filhos. Desde cedo, Fortunato trabalhou como peão de gado nas fazendas da região, onde se destacava pela sua força física e habilidade com os animais. Como um jovem negro, numa época onde o  preconceito racial e social, ainda era algo muito forte na sociedade, ele precisou desde muito novo a aprender a se defender e a não se intimidar. Em 1932, sua vida começou a mudar, quando participou da Revolução Constitucionalista, como soldado do 14º Corpo Auxiliar de São Borja, unidade comandada pelo coronel Benjamim Vargas, irmão do presidente Getúlio Vargas. Foi nessa ocasião que Gregório conheceu Getúlio e se tornou seu admirador e protetor. A nova presidência de Vargas, sofreu  forte oposição de seus adversários políticos, principalmente vindos da União Democrática Nacional,  encabeçada pelo jornalista Carlos Lacerda, que fazia constantes denúncias de corrupção contra o governo. Gregório também era alvo das críticas de Lacerda, que o acusava de enriquecer ilicitamente às custas do tesouro público. De fato, as acusações de Lacerda tinham fundamentos, já que o patrimônio de Fortunato era aproximadamente de 65 milhões de cruzeiros, muito superior ao seu salário como segurança da presidência,  de 15 mil cruzeiros. Gregório Fortunato começou a ficar conhecido como um símbolo do que havia de ruim no governo Vargas, principalmente em relação à corrupção e a política clientelista. As acusações de Lacerda incluíam não apenas o nome de Gregório , mas também nomes mais importantes da política Varguista, como Danton Coelho, Euvaldo Lodi, Mendes de Morais e Lutero Vargas. Será diante dessa forte pressão popular que o governo Vargas estava sofrendo, que Gregório Fortunato, ficará responsável em tomar uma atitude, que mudará não somente a vida dele mas também a história do Brasil. O atentado desencadeou uma crise política que culminou com a morte de Getúlio Vargas, que tirou a própria vida com um tiro no coração em 24 de agosto de 1954. Gregório Fortunato foi preso e julgado pelo crime da Rua Tonelero. O julgamento de Gregório Fortunato ocorreu no dia 11 de outubro de 1956, dois anos e dois meses após o atentado. Fortunato foi defendido pelos advogados Araújo Lima e Romeiro Neto, que tentaram desqualificar as provas contra ele e questionar a credibilidade dos depoimentos dos outros réus. Eles também argumentaram que Fortunato, era leal ao presidente Vargas e que não tinha motivos para querer a morte de Lacerda. Já a acusação, alegou que Fortunato foi o mandante do crime, e que agiu por interesse próprio, para eliminar um inimigo político e para encobrir seus esquemas de corrupção. O julgamento durou dois dias e foi acompanhado por uma grande multidão, que se aglomerava em frente ao Tribunal. Fortunato se mostrou calmo e confiante durante todo o processo. Ele depôs por quatro horas e meia e reafirmou sua inocência. Ele disse que era um homem honesto e trabalhador, que dedicou sua vida ao presidente Vargas e ao Brasil. Ele também disse que era vítima de uma conspiração política e que sofria preconceito por ser negro. Após o fim do julgamento, o  júri se reuniu para deliberar sobre o veredito. Após duas horas e meia de discussão, eles voltaram ao plenário e anunciaram sua decisão. Fortunato foi considerado culpado por homicídio qualificado contra o major Vaz, tentativa de homicídio contra Lacerda e lesões corporais contra Sálvio Romero, um outro integrante da escolta de Lacerda que também foi ferido no atentado. Fortunato foi condenado a 25 anos de prisão. Sua pena foi reduzida para 20 anos, pelo presidente Juscelino Kubitschek, e para 15 anos pelo presidente João Goulart. Porém Fortunato não sairia da prisão vivo. Gregório Fortunato, morreu em 23 de outubro de 1962, vitima de assassinato por outro detento. Ele estava com 62 anos.   Gregório Fortunato faleceu deixando para trás uma história complexa e controversa. Sua lealdade a Getúlio Vargas o tornou uma figura central em um dos períodos mais turbulentos da história política brasileira, mas também levantou questões sobre os limites do poder e a moralidade na política.   E foi assim que Gregório Fortunato morreu. Se você gostou deixe seu comentário e inscreva-se no canal!! Até o próximo vídeo !!!!