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JACQUELINE MUNIZ: COMO COMBATER O RACISMO POLICIAL? - 20 Minutos Entrevista

JACQUELINE MUNIZ: COMO COMBATER O RACISMO POLICIAL? - 20 Minutos Entrevista Em conversa com o jornalista Breno Altman no programa 20 MINUTOS ENTREVISTA desta segunda-feira (20/06), a antropóloga e doutora em segurança pública Jacqueline Muniz explicou como as práticas do racismo estrutural na segurança pública ajudam a mover a engrenagem neoliberal e autoritária no Brasil. “O racismo tem rentabilidade, serve maravilhosamente bem às práticas neoliberais”, afirmou, constatando que o poder de polícia não é objeto de discussão no país e que governos policiais autônomos gerenciam a segurança pública brasileira. O racismo e a desigualdade geram e empregam mão de obra barata para o neoliberalismo, seja do lado da sociedade ou das próprias polícias. Sua manutenção exige “sujeitos avulsos, uberizados, precários, gerentes de seu miserê, vulnerabilizados e assustados”, diz. “Quanto mais medo, maior a insegurança, e quanto maior a insegurança, mais você não percebe que tem direitos e mais fica vulnerável a fortão de ocasião, a gritos catárticos.” Para Jaqueline, o explicitamento do racismo é passo essencial para desmontar esse mecanismo, já que o ocultamento é sua primeira dimensão. “Aqui, a gente não pode revelar o racismo, a misoginia, a homofobia, e por isso odiamos lugares de fala: porque somos liberais autoritários”, defende. “O caldo autoritário não está na boca do Bolsonaro, o bolsonarismo é anterior a Bolsonaro como o malufismo foi anterior ao bolsonarismo. Aqui cidadania é um artigo que você não pode gastar. Como cidadão você está sempre devendo, porque ganhou de alguém o direito". 00:00:00 - Abertura 00:14:17 - A (in)segurança pública bolsonarista 00:17:52 - Caso Genivaldo Santos e racismo estrutural 00:25:21 - Racismo estrutural precisa ser explicitado 00:30:51 - Discurso de falta de preparo é fake 00:34:55 - Faltam protocolos e transparência à polícia brasileira 00:36:32 - Racismo é rentável e serve às práticas neoliberais 00:42:17 - Informalidade decisória gera clandestinidade policial 00:45:24 - Guerra às drogas é cúmplice do racismo? 00:49:05 - Parceria entre drogas e armas 00:55:05 - Vida do policial é mercadoria barata 01:00:59 - Unificar as polícias? 01:03:14 - Funk, hip-hop, igreja evangélica: projeto Omo total 01:09:06 - Chacina na Vila Cruzeiro: “efeito colateral”? 01:14:13 - Polícia do bem versus polícia dos bens: milícias 01:17:23 - Governo contra o crime versus governo com e para o crime 01:23:03 - Bandidos de estimação da polícia 01:28:59 - Justiça Big Brother, caldo autoritário 01:35:49 - Tem saída, está ao alcance da mão 01:36:35 - Indicações de Jacqueline Muniz para livros, séries e filmes Veja a matéria completa: https://operamundi.uol.com.br/20-minu... Jacqueline Muniz tem muitos de seus trabalhos disponíveis gratuitamente na internet. Confiram alguns links: Podcast Regimes do Medo https://open.spotify.com/show/20c3ifa... Artigos na Academia.Edu https://uff.academia.edu/Jacquelinede... Artigo sobre o crime organizado https://www.scielo.br/j/ea/a/VBpypqV6... Regimes de exceção https://www.cienciaesaudecoletiva.com... Insegurança pública: exceção como rotina, excepcionalidade como o normal no Rio de Janeiro - http://www.cienciaesaudecoletiva.com.... Além desses trabalhos, dois livros estão disponíveis na internet: "Redes de policiais" e "Novas direitas e genocídio no Brasil" ---- Quer contribuir com Opera Mundi via PIX? Nossa chave é [email protected] (Razão Social: Última Instância Editorial Ltda.). Desde já agradecemos! Assinatura solidária: http://www.operamundi.com.br/apoio