У нас вы можете посмотреть бесплатно Peculiar - Buraco Tropical или скачать в максимальном доступном качестве, видео которое было загружено на ютуб. Для загрузки выберите вариант из формы ниже:
Если кнопки скачивания не
загрузились
НАЖМИТЕ ЗДЕСЬ или обновите страницу
Если возникают проблемы со скачиванием видео, пожалуйста напишите в поддержку по адресу внизу
страницы.
Спасибо за использование сервиса ClipSaver.ru
Escrito e interpretado por mim Produzido pelo @Drccs Mix e Master por @Skycbeats Voz do Outro: Poesiapararobos ----- Letra Tanta gente quer viver na cidade com tranquilidade num jardim de mocidade Com elevador, aquecimento central bem perto do metro, é o sítio ideal Ouvir os passarinhos de manhã ao despertar de um lado ver a serra, do outro ver o mar abrir a janela sem carros a trabalhar aliás correção, sem ninguém a trabalhar sem contas para pagar, habitação digna um assunto que em Portugal tem muito que se lhe diga cara a renda, cara a luz, cara a água, caro o gás Morre-se de frio no inverno e nada se faz Construção é lobby de casas sem qualidade Maus isolamentos e com manchas de humidade Absorvida pelo poros da necessidade De quem luta pelo mínimo de salubridade Mas no verão tudo é tão bom Andar descalço no jardim e ouvir um som paredes aquecem, fervem e corpos também e os que bebem não temem a miséria que têm Neste buraco tropical, Está sempre tudo bem, está sempre tudo bem, está sempre tudo bem.. (2x) Neste buraco tropical, Equivocado por paraíso Ninguém tem dinheiro Mas quem precisa disso? Ir à esplanada com a nádega espalmada Óculo de sol na cara e a testa queimada Tremoço, amendoim, sangria e petiscada Está sempre tudo bem, não se passa nada Entretanto na cidade, não há renda que se aguente Deixa o rico explorar E o pobre que se afugente. Do bairro, da rua, como se fosse normal Um corte umbilical da vida social O aniquilar indiferente de uma história pessoal A venda intrujada de uma identidade local Entretanto nesta urbe, outrora humanizada Esquinas opostas dividem a raiva Um grito para um estranho a caminho de casa A frustração da injustiça longamente amordaçada Não há tolerância para ciclistas e pedestres Estradas esburacadas, lotadas, agrestes Cada passo calculado cuidado com as fezes Ninguém vê ninguém, é a doença do stress A música harmónica do velho que se ignora A solidão sistémica que implora Não nos deitem fora Não alimentem as gaivotas Se uma me levasse quiçá fosse feliz Me deixasse numa aldeia ou no meio de um oásis E lá plantaria couves, batatas, kiwis Carvalhos, sobreiros com uma enorme raiz Escutaria melros, pardais, rouxinóis O ladrar dos cães, o arrastar dos caracóis Uma vez por ano todos os pores dos sol Lareira no inverno debaixo dos lençóis Mas esses ratos nos edifícios imperiais São psicopatas com corações de pedra Entre adendas, leis e editais Em linguagem elaborada mandam-nos à merda Apoiados por empresas , media e jornais Tomam decisões execráveis Com tiques fascistas, ditatoriais Disfarçando-se de santos condestáveis E dizem: A economia tem fases instáveis Ai é? Mas as tuas regalias nem por isso Custos de vida são incomportáveis, por isso O teu salário mínimo é merecido Então, tanta a gente quer viver na cidade não há tranquilidade, perde-se a mocidade Vai pelas escadas, compra um aquecedor E se não tens dinheiro, mete mais um cobertor Respira a poluição e fica no trânsito A ouvir as obras e cantos mecânicos Toda a guita sai do bolso Para impostos duvidoso Bom proveito dorme bem Neste buraco de mofo. Bem vindo à cidade das gruas, que patrulham as ruas como bófias atrás de multas. É a paisagem amarela, da cidade singela, jamais voltaremos a vê-la. Só num postal uma imagem do que ela era. E o que ela era continua a ser o seu encanto do presente.