EJACULAÇÃO CONTROLADA? COMO ASSIM? скачать в хорошем качестве

EJACULAÇÃO CONTROLADA? COMO ASSIM?

Afirmei na postagem anterior que é possível desenvolver um controle sobre a ejaculação apesar de ela ser um ato reflexo. Isso mesmo! Exemplifiquei o reflexo ejaculatório com o caso do jovem que sofreu um trauma raquimedular (lesão na medula) e ficou paraplégico. Ele cresceu, se casou e surgiu o desenho de ser pai. Como não tinha uma ereção suficiente para o coito, foi possível colher o material para inseminação artificial através de estímulos vibratórios aplicados na região genital. Esses estímulos foram capazes de gerar uma ejaculação reflexa e o sêmen ser colhido e preparado para a reprodução assistida (método onde se coloca o óvulo em contato com os espermatozoides e depois de formado o embrião este é implantado no útero). No homem saudável existe esse mesmo arco reflexo ao nível da medula, porém o controle é exercido pelo cérebro. Ou seja, há uma interferência supraespinhal (acima da medula) que pode acelerar ou retardar o processo. Existem vias neurais que descem em direção à medula e interagem nos centros medulares que geram a ejaculação, exercendo sobre ela um efeito inibitório ou excitatório. O cérebro faz esse controle utilizando diferentes vias. Existem neurônios localizados em diferentes regiões do cérebro e que se comunicam através de seus axônios (prolongamentos do neurônio como os tentáculos de um polvo) e podem exercer efeitos de inibição e excitação sobre os neurônios localizados na medula espinhal (dentro da coluna vertebral) e que forma os Centros Geradores da Ejaculação. Classicamente temos neurotransmissores que estimulam a ejaculação como a DOPAMINA, NORADRENALINA e OCITOCINA e outros que a inibem como a SEROTONINA. Através de estudos experimentais utilizando modelos animais foi possível aumentar o nível de conhecimento sobre a fisiologia do controle ejaculatório. Utilizando-se drogas que seletivamente estimulam alguns receptores e outras que bloqueiam, foi se mapeando a complexa rede de neurônios e neurotransmissores que gerencia o reflexo ejaculatório. Nos seres humanos, houve também significativo avanço com os estudos de neuroimagem utilizando a ressonância nuclear magnética. Foi possível identificar as áreas cerebrais ativadas no momento da ejaculação e orgasmo. Essa informação, correlacionada com conhecimentos de neuroanatomia e neurofisiologia possibilitou muitos avanços no entendimento dos núcleos cerebrais que participam do controle da ejaculação. Além disso, os efeitos de alguns medicamentos que agem sobre o sistema nervoso central e interferem na ejaculação também contribuíram para a elucidação de como tudo funciona. Os antidepressivos, mais especificamente aqueles pertencentes ao grupo dos ISRS (Inibidores Seletivos da recaptação de Serotonina), apresentavam como efeito adverso a inibição da ejaculação. Dificultavam o orgasmo. Foi a partir dessas observações que pudemos rotular a SEROTONINA como um neurotransmissor predominantemente INIBITÓRIO sobre o reflexo ejaculatório. E por outro lado, a DOPAMINA como neurotransmissor EXCITATÓRIO. Desta forma, avançamos bastante no entendimento do CONTROLE da EJACULAÇÃO. E hoje, com essa base científica sólida, conseguimos interferir positivamente sobre o processo e ajudar muitos homens que sofrem com essa disfunção e em alguns casos, passam anos sem ajuda e perdem anos preciosos da vida imersos em dúvidas e sofrimento. Acompanhe e interaja. Envie sua dúvida, seu comentário ou sugestão para o e-mail: [email protected] Sua opinião é muito importante! Visite nosso site: www.valterjavaroni.com.br. #drvalterjavaroni #infertilidade #medicinasexual #urologia #medicina #saude #urologista #saudedohomem #cuidedoseupenis #ejaculando #ejaculaçãoprecoce