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O Núcleo de Filosofia Pan-africanista da APROFFIB está organizando o estudo do sexto livro sobre filosofia africana. Esta obra, um clássico de Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí, A invenção das Mulheres - Construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero, "nos possibilita entrar em contato com outras configurações para pensarmos corpo, gênero e visões de mundo... uma obra fundamental para todos os interessados em filosofia, sociologia, história e debates sociais importantes no cenário contemporâneo..." Katiuscia Ribeiro e Raphael Arah. A parte 3 de A Invenção das Mulheres, de Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí, aprofunda a crítica à imposição de categorias de gênero ocidentais sobre sociedades africanas, especialmente a iorubá, demonstrando como essas categorias foram introduzidas pelo colonialismo e distorceram estruturas sociais baseadas em hierarquias de idade e status. Nesta seção, Oyěwùmí argumenta que o colonialismo europeu não apenas impôs estruturas políticas e econômicas, mas também epistemologias ocidentais que redefiniram os papéis sociais africanos com base em um binarismo de gênero inexistente nas culturas locais. Ela mostra como, na sociedade iorubá pré-colonial, as relações sociais eram organizadas principalmente por senioridade — ou seja, pela idade relativa — e não por sexo biológico. Assim, o conceito de “mulher” como uma categoria social subordinada aos “homens” não fazia parte da lógica iorubá tradicional. Com a chegada dos colonizadores, no entanto, essas estruturas foram reinterpretadas à luz do patriarcado europeu. Instituições coloniais, como o sistema jurídico, a educação formal e o cristianismo missionário, passaram a classificar os indivíduos segundo categorias de gênero ocidentais, criando desigualdades que antes não existiam. Oyěwùmí destaca que, ao serem rotuladas como “mulheres”, muitas figuras femininas iorubás perderam autoridade social e política que antes detinham, sendo relegadas a papéis domésticos e privados. A autora também critica o feminismo ocidental por universalizar suas categorias analíticas, como “opressão de gênero”, sem considerar contextos culturais diversos. Ela propõe que, para compreender sociedades africanas, é necessário abandonar o determinismo biológico e adotar uma abordagem que leve em conta as formas locais de organização social, como a senioridade e o parentesco. Em suma, a parte 3 do livro revela como o gênero, longe de ser uma categoria natural ou universal, é uma construção histórica e cultural que foi imposta às sociedades africanas por meio do colonialismo. Oyěwùmí defende a necessidade de repensar os discursos de gênero a partir de epistemologias africanas, que valorizem as formas locais de identidade e organização social. Todos os estudos anteriores, inclusive deste livro, estão no site da APROFFIB: www.aproffib.com.br Se gostou deste conteúdo curta, comente, compartilhe e subscreva-se no canal.