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Ronco e apneia - polissonografia

Ronco e apneia são os dois lados da mesma moeda, diz o médico Nonato Rodrigues. O ronco é obstrução à passagem do ar pela via aérea superior. Na verdade, quando a pessoa deita a língua sofre uma queda, um relaxamento e quando o ar passa por trás da língua atrita com esse tecido mole, provocando o ronco, que pode atingir intensidade de até 150 decibéis. Isso equivale a escutar um show de banda de rock com a caixa de som no ouvido. Homens roncam mais que as mulheres; mulheres, após a menopausa, roncam tanto quanto os homens. O tipo de conformação facial, anomalias da face, proporção de queixo, mandíbula e cabeça podem identificar o roncador. Ou seja, a desproporção da cabeça com a maxila e a mandíbula. Apneia é quando o ar para no tecido mole, o espaço de passagem do ar está obstruído. Se o ar não passa, não chega até o pulmão e o sangue fica sem oxigênio. O cérebro "percebe" e a pessoa desperta, mesmo que apenas para voltar a respirar, para a abrir a via aérea outra vez, como um alerta do corpo. O maior indicador diurno dos sintomas de apneia é a sonolência. A sonolência pode se manifestar com problemas de memória, irritabilidade, ganho de peso inexplicável. O apneico não morre durante uma apneia, mas de doenças decorrentes dela. Ela é um problema de saúde público porque, ao fazer a pessoa despertar várias vezes, fragmenta o sono, leva a um baixo teor de oxigênio do sangue, o que faz o cérebro ficar insensível a vários hormônios. Para identificar e "estagiar" a apneia é preciso fazer um exame durante o sono (polissonografia). O indivíduo dorme monitorado por eletrodos. Dr. Nonato Rodrigues, neurologista, especialista em transtornos do sono, diretor da Unidade do Sono do Hospital Santa Helena, Brasília/DF - (61) 3215-0086http://www.viverembrasilia.com.br