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Em 2017, João Lourenço herdou não apenas a presidência de Angola, mas também o mecanismo de poder absoluto construído pelo MPLA ao longo de décadas. No entanto, o que parecia uma vantagem tornou-se sua própria armadilha. Michel Foucault já nos alertava: o excesso de poder não fortalece, mas aprisiona. E hoje, Angola vive sob um governo que, em vez de resolver crises, gasta suas energias vigiando, punindo e desconfiando até mesmo de seus próprios aliados. O primeiro mandato foi marcado por uma suposta "caça à corrupção", que, na prática, serviu para liquidar adversários internos e externos – com Adalberto Costa Júnior sendo um dos alvos mais visíveis. Mas após a eleição de 2022, consolidada com tanques de guerra nas ruas e repressão contra o soberano Povo angolano, João Lourenço alcançou um poder sem contestação. Ironia cruel: quanto mais incontestável, mais ineficaz. O problema do poder absoluto é que ele não governa; apenas se protege. A obsessão com controle transformou o Palácio num campo de batalha entre cartéis internos, onde cada figura do regime move-se como um jogador em guerra silenciosa, sabotando até mesmo iniciativas que poderiam beneficiar o povo. Horácio na antiguidade classica tinha razão quando dizia que: "Vis consili experts mole ruit sua" – a força sem sabedoria desaba sob seu próprio peso. Enquanto isso, o país desmorona. Jovens fogem em massa, a fome e a cólera devastam comunidades, famílias disputam restos em lixeiras, e as prisões incham de desesperados. O governo, entretanto, parece mais preocupado em vigiar seus próprios fantasmas do que em governar. Tanto poder concentrado, tão pouco resultado. Angola tornou-se um paradoxo: um regime forte demais para ser questionado, mas fraco demais para resolver os problemas mais básicos. E no centro desse colapso está um líder que, cercado por tanto poder, já não consegue distinguir entre governar e sobreviver. O MPLA, entre o esvaziamento e a incerteza, assiste ao seu próprio projeto ruir – não pela pressão externa, mas pela asfixia de seu autoritarismo. O poder absoluto, no fim, não corrompe apenas o homem. Corrói toda uma nação.