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Publicado postumamente em 1977 por Christopher Tolkien, filho do autor, O Silmarillion é a obra que dá origem a todo o universo da Terra-média, servindo como a “Bíblia mitológica” do mundo de O Senhor dos Anéis. Concebido ao longo de décadas, este livro monumental reúne mitos, genealogias e epopeias que narram desde a criação do universo até os eventos que antecedem as aventuras de Frodo e Aragorn. Escrito em um estilo épico e atemporal, o livro revela a profundidade filosófica e simbólica da imaginação de Tolkien, combinando elementos da teologia cristã, da mitologia nórdica e da literatura medieval. A narrativa começa com o “Ainulindalë”, o Canto dos Ainur — uma sublime cosmogonia em que Eru Ilúvatar, o Deus supremo, cria o mundo através da música. Os Ainur, seres espirituais semelhantes a arcanjos, executam a melodia divina, e dela surge Eä, o universo. Contudo, Melkor, o mais poderoso dos Ainur, introduz dissonâncias na canção, desejando impor sua própria vontade. Esse ato de orgulho e rebeldia marca o início do mal e da corrupção dentro da criação — um eco da queda de Lúcifer nas tradições cristãs. A partir desse momento, o equilíbrio entre harmonia e caos se torna o tema central da mitologia tolkieniana. Segue-se o “Valaquenta”, que descreve os Valar e os Maiar — os poderes que governam o mundo material, conhecidos mais tarde pelos povos da Terra-média como deuses e espíritos. Entre eles estão Manwë, senhor dos ventos; Ulmo, o deus das águas; Aulë, o ferreiro divino; e Varda, rainha das estrelas, venerada pelos elfos como Elbereth. Entre os Maiar, figuram personagens conhecidos dos leitores de O Senhor dos Anéis, como Gandalf e Sauron, este último um antigo servo de Aulë que, corrompido por Melkor, torna-se seu tenente. A parte principal do livro é o “Quenta Silmarillion”, ou “A História das Silmarils”, que dá nome à obra. Nela, Tolkien narra a saga dos elfos e das três joias sagradas criadas por Fëanor, o mais talentoso e orgulhoso dos Noldor. As Silmarils continham a luz pura das Duas Árvores de Valinor, fontes originais de toda a iluminação antes da criação do sol e da lua. Quando Melkor — agora chamado Morgoth, o Inimigo Sombrio — rouba as joias e destrói as Árvores, Fëanor jura uma vingança terrível, arrastando seu povo a uma rebelião contra os Valar e a uma jornada trágica de exílio na Terra-média. A partir desse juramento, o livro se transforma em uma sucessão de guerras, traições e heroísmos que atravessam eras inteiras. Os elfos, movidos pela glória e pela dor, enfrentam Morgoth e seus exércitos de orques e dragões, mas também lutam entre si, consumidos pela maldição das Silmarils. Entre os episódios mais marcantes estão a fundação dos reinos élficos de Gondolin, Nargothrond e Doriath, o amor trágico de Beren e Lúthien — um humano e uma elfa que desafiam o próprio Morgoth para recuperar uma das joias — e a queda dos grandes reis e heróis, que lutam até a ruína de suas casas. Com o passar das eras, as Silmarils tornam-se símbolo tanto de beleza quanto de perdição — uma metáfora da busca humana pela perfeição e do preço da ambição. A narrativa atinge dimensões quase bíblicas, alternando momentos de sublime criação com tragédias épicas e batalhas titânicas. Tolkien entrelaça cada história com uma moral implícita sobre orgulho, lealdade, redenção e o inevitável peso do destino. A obra avança para o “Akallabêth”, relato da Segunda Era e da ascensão e queda de Númenor, uma ilha de homens abençoados pelos Valar. Inspirada no mito de Atlântida, essa parte narra como os homens de Númenor, outrora fiéis e sábios, são corrompidos pelo desejo de imortalidade. Seu rei, Ar-Pharazôn, desobedece aos Valar e desafia o próprio Ilúvatar ao tentar conquistar as Terras Imortais. Em resposta, o mundo é remodelado: Númenor é tragada pelo mar, e a Terra se torna redonda, separando definitivamente os mortais dos imortais. Apenas alguns sobrevivem, guiados por Elendil e seus filhos, que fundam os reinos de Arnor e Gondor — as origens da civilização humana que conheceremos em O Senhor dos Anéis. A última parte, “Dos Anéis de Poder e da Terceira Era”, conecta diretamente O Silmarillion à trilogia principal. Tolkien narra como Sauron, sobrevivente da queda de Morgoth, engana os povos da Terra-média e forja o Um Anel para dominar todos os outros. O conto descreve o declínio dos elfos, a ascensão dos homens e o prelúdio das guerras que culminarão na derrota temporária do Senhor do Escuro. Mais do que uma coleção de histórias, O Silmarillion é uma arquitetura mitológica completa. Tolkien constrói um universo coeso, regido por leis morais e metafísicas, onde o bem e o mal não são meros conceitos, mas forças vivas que se manifestam na própria estrutura do mundo. O estilo do autor — solene, poético e profundamente simbólico — evoca as epopeias antigas como A Ilíada, A Eneida e as sagas nórdicas.