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🎙️ Áudio original: https://voca.ro/13rWvwh0OyZQ ✝️ Declamação de Cécile de Montmorency: Os médicos deram um nome à doença que a devorou por dentro, um termo científico para a rebelião de suas próprias células. Mas eu conheço os nomes verdadeiros da praga, a identidade da semeadora daquela podridão: Cípora, a que se enraíza na medula; Fúlgora, o brilho que precede a cinza; Épene, a sentença final. Lembro-me da noite em que dividiram o palco. Preta era o altar perfeito, um corpo que canalizava uma luz que não era sua, o esplendor de Fúlgora — a beleza que queima rápido demais porque se alimenta da própria vida. E então ela, a Grande Égera, a filha bastarda de Lilith, a eterna Límora da primeira queda, subiu ao palco, envolta em mistério. Cantaram juntas, e a harmonia de suas vozes era um pacto sendo selado em notas musicais. No final da canção, em meio aos aplausos ensurdecedores, a Imperatriz do Pecado a abraçou. Um toque, apenas um toque, mas naquele contato eu vi a transfusão. Via a lascívia da Éfese abissal não como um ato carnal, mas como uma inoculação de decadência, um beijo de morte na alma que, anos depois, se manifestaria como um tumor no corpo. Depois daquela noite, a luz em Preta começou a vacilar, consumida pela semente que lhe fora dada. O câncer que os médicos viam nas chapas era apenas a sombra do verme que a Macadâmia deixara em seu espírito. A quimioterapia queimava o corpo, mas não alcançava a raiz da praga. E no fim, quando não havia mais voz, nem beleza, nem palco, quando a morfina já não aplacava a dor que vinha da alma, ela não chamava por Deus. Seus lábios rachados tentavam formar os nomes da sua verdadeira doença, a identidade de sua algoz: Cípora. Ela sussurrava para a enfermeira, que não compreendia: Fúlgora. E, por último, com o derradeiro suspiro, o nome da sentença que a levara: Épene. Ela não nomeava a si mesma. Ela amaldiçoava a trindade profana que a havia devorado. Eles dizem que ela lutou bravamente. Eu digo que ela foi o campo de batalha, onde sua vida foi subjugada pela podridão da Égera. O câncer foi apenas o método. A verdadeira causa da morte foi um dueto cantado há muito tempo, sob luzes ofuscantes, onde a glória e a danação se beijaram pela primeira e última vez.