У нас вы можете посмотреть бесплатно Ela pediu carona, e eu não sabia que seria o amor da minha vida или скачать в максимальном доступном качестве, видео которое было загружено на ютуб. Для загрузки выберите вариант из формы ниже:
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Vida de estrada é assim: um dia cê tá de boa no tapete preto, só fazendo média no meu Scania R450 vermelho, no outro o mundo vira de ponta-cabeça. E eu tava ali, na B R um meia três, no meu batidão, eu tô na liga, café amargo na caneca e a cabeça longe… quando o destino resolveu me dar um tranco daqueles que faz até caminhoneiro velho pensar duas vezes. Do nada, no meio da neblina rala, apareceu uma silhueta na beira da pista. Parecia carrapato pedindo carona… mas tinha algo ali, sabe? Aquele tipo de coisa que faz o chofer coçar a nuca e pensar: “c tá doido, chofer… isso aí não é normal, não.” Eu não sabia quem era. Eu não sabia o que queria. Só senti que, se eu podasse e seguisse viagem, ia me arrepender o resto da vida. E foi ali, naquele instante simples e esquisito, que começou a história que quase nenhum caminhoneiro acreditaria se eu contasse no PX. Porque tem encontro que é filé… Mas tem encontro que vem carregado de mistério, cheiro de encrenca e um silêncio que parece até bruxa soprando no ouvido. E essa carona, chofer… Essa aí veio diferente. Veio pra virar minha rota inteira de cabeça pra baixo. O estrondo veio de uma vez, seco, como tapa de realidade: PÁÁÁ! O volante tremeu nas minhas mãos, e o Scania R450 vermelho puxou de lado. Na hora pensei: “c tá doido, chofer… logo agora?” O tapete preto da B R um meia três ainda tava úmido da garoa da madrugada, e o bruto começou a derrapar leve, como se quisesse me testar. Soltei a rédea de leve, firmei a munheca e murmurei pro motor: — Segura, meu velho… segura comigo. A carreta deu um tranco seco. Pilão na pista. Algum buraco fundo que eu não vi porque vinha corujando a noite inteira, tentando manter a cabeça longe dos pensamentos que me seguiam igual sombra. Parei no acostamento, pisando na brita com cuidado. O silêncio da madrugada tinha aquele cheiro de diesel frio misturado com barro úmido. Levantei da boleia devagar, coluna reclamando, joelho estalando — presente dos meus trinta e sete anos de estrada. — E apois, chofer… rapadura é doce mas não é mole não… — resmunguei sozinho, olhando o estrago.