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Cê tá doido chofer... era só mais um trecho ali na B R cento e dezesseis, perto de Feira de Santana, calor de rachar o couro, tapete preto brilhando que nem olho de coruja no escuro. Meu Scania R quatro cinco zero vermelho roncando bonito, batendo lata de boa, só no sapatinho. Mas foi ali, na sombra de um viaduto, que a coisa mudou de figura... Do nada, uma figura brota no acostamento, mochila nas costas, cara de quem carregava o mundo. Fiquei na liga. Tava na brisa, mas aquele Q R M não era comum. Tinha alguma coisa fora do lugar... e eu, que sou doido mas tenho coração, meti o pé no freio e parei o bruto. Ela fugia do marido… e encontrou abrigo na minha boleia, será que comeu? Rapaz... tu vai ter que escutar essa história até o fim. Porque o que rolou depois não tá nos rádio P X... tá guardado só na minha lembrança. E talvez... no coração dela também. Era pra ser só mais um trecho. Madrugada avançada, o ronco do meu Scania R quatro cinco zero vermelho preenchendo o vazio da B R cento e dezesseis, num compasso quase hipnótico. O painel iluminado piscava suave, e o rádio P X dormia em silêncio — raro pra essa hora. Eu tava sozinho na boleia, como já vinha há meses. Só eu, o cheiro do diesel, o banco com a marca do meu corpo, e a lembrança dela. Naquela noite, a estrada parecia querer conversar. Cada farol que passava no sentido contrário cortava minha mente como faca quente na manteiga. Não era só sono, nem cansaço. Era saudade. De repente, BAM! — um estalo seco no para-brisa me tirou da hipnose. Quase meti a viatura no acostamento. Reduzi, joguei pro canto, pisquei o alerta. Desci. — Ganância do cabrunco… — murmurei, agachando pra ver se tinha estourado algum pneu. Nada. Só um galho, ou pedra solta, sei lá. Mas o susto veio com gosto de lembrança. Porque cada vez que algo me tira do prumo, parece que ela volta — Luciana. A mulher que foi minha estrada e minha parada. Foi embora sem explicar, sem dizer por quê. Só deixou um bilhete e uma dor danada de engolir. Subi de volta na cabine. Peguei a garrafinha com chá de urubu, tomei um gole, botei no rádio uma moda sertaneja antiga, daquelas que só quem já teve o coração rebocado entende. O Scania pegou de novo no ronco, e eu fui. Marcha por marcha, cortando o silêncio da noite.