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Tania Rivera é psicanalista e ensaísta. Trabalha em um campo multidisciplinar de reflexão crítica sobre a imbricação entre o sujeito e a cultura, movendo-se entre os terrenos da Psicanálise, da Filosofia, da teoria e da prática artística e literária. Realizou Mestrado e Doutorado em Psicologia na Université Catholique de Louvain, Bélgica (1996), Graduação em Psicologia pela Universidade de Brasília (1991) e Pós-Doutorado em Artes Visuais na EBA - UFRJ (2006). Foi professora da Universidade de Brasília de 1998 a 2010 e atualmente é professora Titular do Departamento de Arte e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da Universidade Federal Fluminense (UFF). Apesar de Freud expor uma posição conservadora do ponto de vista da apreciação da arte, a Psicanálise se insere no Século XX em diálogo com a arte moderna e, mais tarde, acompanha também os movimentos contemporâneos da arte, como o neoconcretismo. Tania liga isso em “O avesso do imaginário” à presencialidade, à concretude do acontecer, do performático, à manifestação integral do artista e à dissolução do sentido da arte no contexto da cultura e da política. Isto, por sua vez, ela conecta à psicanálise contemporânea, especialmente a lacaniana, no contexto da aproximação ao fundo último das coisas, o real, com o qual nos deparamos diretamente como experiência, como corpo e de modo relativamente independente da forma como representamos os objetos do mundo. Não é uma janela para um olho, mas uma janela e um olho imprevisíveis no espaço do acontecer que confunde e verdadeiramente destroça a lógica da tridimensionalidade e nos arremessa a uma experiência direta com aquilo que não é que não possa ser nomeado, que integra sujeito e objeto, mas que, por assim dizer, também os desintegra. Já em seu novo livro, Psicanálise Antropofágica: Identidade, Gênero e Arte, ela parte para uma proposta de descolonização do pensamento que reafirma a dimensão ética tanto do ato psicanalítico quanto do gesto artístico, que parece apontar para o futuro não apenas da arte, mas também da Psicanálise, pensadas a partir da noção oswaldiana de antropofagia, que parece reforçar simultaneamente o papel da singularidade no contexto do universo simbólico no qual nos inserimos, afirmando essa singularidade como ponto de retorno de todas as experiências e de todas as leituras que se colocam para nós no contexto da cultura. Isso parece ter o sentido político, no sentido de uma desalienação e de uma desidentificação, mas também parece incluir a possibilidade de que se aproveite justamente o repertório cultural a partir de nossa própria posição excêntrica às suas manifestações e que ofereçamos afirmativamente a esse universo simbólico um ponto de retorno em nós mesmos, que afirma a nossa existência singular, que é já uma outra coisa que irrompe a partir de nosso próprio descentramento como sujeitos em constante devir, tomando posição, provando, deglutindo, absorvendo e devolvendo ao mundo "em meio à baba" (uma referência a Lygia Clark) os signos, os objetos e as pessoas que acontecem em nós, conosco e diante de nós. Eduardo Ribeiro da Fonseca (coordenador do GT Filosofia e Psicanálise e professor do PPGF da PUCPR)