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Forame mentoniano bífido

Forame mentoniano bífido e sua importância clínica Durante a análise tomográfica deste caso, observamos a presença de forame mentoniano bífido, caracterizado por duas saídas foraminais distintas: Uma situada em posição anatômica habitual, voltada para a face vestibular e outra emergindo em região mais basal da mandíbula, também pela face vestibular, configurando um forame mentoniano acessório. Essa bifurcação do canal mandibular é uma variação anatômica relativamente rara, mas de extrema relevância clínica. O conhecimento prévio dessa anatomia é fundamental, especialmente em procedimentos cirúrgicos e reabilitadores da região anterior da mandíbula, como: Instalação de implantes, cirurgias parendodônticas, biópsias e remoções de lesões ou mesmo anestesias infiltrativas e bloqueios. A presença de um canal acessório pode alterar o trajeto neurovascular, o que aumenta o risco de lesão de ramos do nervo mentoniano, sangramento, parestesia ou falha anestésica, caso não seja devidamente identificado. A tomografia computadorizada de feixe cônico é o exame de eleição para detectar essas variações com precisão, permitindo visualizar o trajeto do canal mandibular e suas ramificações, além de identificar a posição e o diâmetro dos forames mentonianos, tanto principal quanto acessório. Reconhecer essa bifurcação antes de qualquer intervenção é essencial para garantir segurança cirúrgica, prevenir complicações neurossensitivas e planejar adequadamente o tratamento.